terça-feira, 24 de junho de 2025

Milho: Comerciantes esperam alta nas vendas até o São Pedro

 


A procura por milho verde em Natal tem sido considerada abaixo do esperado neste mês de junho, segundo relatos de comerciantes nos principais pontos de venda da capital. Apesar das datas tradicionais do período junino, o movimento permaneceu fraco nas primeiras semanas do mês, mas com expectativa de melhora neste Dia de São João (24) e na véspera de São Pedro, que é celebrado no próximo domingo (29).

Os comerciantes dos tradicionais pontos de venda de milho verde em Natal estão considerando a procura abaixo da média desde o início do mês de junho. No Mercado da Agricultura Familiar, o comerciante permissionário Marciano considera que o fluxo de clientes está baixo esse ano. “Esse ano tá meio tímido ainda, talvez por causa das chuvas. Teve uma reação hoje, porque hoje é o dia principal de se vender o milho, mas o pessoal não veio todo mundo ainda. Esperamos que venham até o São Pedro, que temos muito milho pra vender”, afirma.

No mercado, o consumidor encontra a unidade de milho a R$ 1 real, e a mão de milho (o equivalente a 50 espigas) pelo preço de R$ 50. Marciano oferece ainda a opção de milho descascado por R$ 1,20 – a mão fica por R$ 60; e R$ 7 uma bandeja.

A administradora Ana Cláudia comprou 20 milhos para consumo da família e mais 2 descascados para fazer canjica. Ela conta que, apesar da baixa procura, não achou que o preço do cereal estava caro. “Eu gostei do preço, achei bom. Só deixei para vir comprar hoje, porque minha filha me lembrou que era São João e me pediu para cozinhar”, explica.

Já a dona de casa Maria Lúcia diz que deixou a compra do milho para a véspera de São João por falta de tempo, mas concorda que o preço está bom esse ano. Ela comprou 25 espigas para fazer canjica e também para cozinhar. “Tá bom [o preço], porque na Ceasa a gente compra cinco espigas por R$ 7; aqui, comprei 25 por R$ 20”, relata.

Na Feira do Milho, localizada na avenida Senador Salgado Filho, próximo ao Centro Administrativo, os comerciantes ainda esperavam mais consumidores nesta segunda-feira (24), véspera de São João. A comerciante Beatriz Graciano acredita que a colheita foi menor este ano, razão pela qual espera conseguir vender tudo. “A expectativa que a gente tinha era de mais vendas, já que deu pouco milho, mas está dando para levar, o pessoal agora que está comendo”, afirma, acrescentando que as vendas no começo do mês surpreenderam negativamente. “As primeiras semanas aqui foram bem fracas, a gente descolava praticamente só o valor de pagar os funcionários, então a expectativa é de que aumente nesse tempo de véspera de São João, e São Pedro”, relata.

A aposentada Ana Santos espera reunir a família no dia de São João, por isso comprou uma mão de milho ao valor de R$ 50. “Eu tento manter uma tradição de sempre cozinhar e fazer canjica. A família me ajuda a preparar tudo, gostamos de muita fartura”, comenta.
Na véspera de São João, na Feira do Milho, a unidade do cereal estava sendo vendida a R$ 1, no entanto a mão varia entre R$ 40 e R$ 50. “A varição de preço depende da qualidade e do dia que o milho chega. O milho novinho é sempre R$ 50, aí passam horas e vai pra R$ 45; quando é no outro dia, passa para R$ 40”, explica a comerciante Beatriz Graciano.

Preço médio aumenta 5,88%
Uma pesquisa do Procon Natal apontou aumento no preço médio da espiga de milho verde neste mês de junho, em comparação com 2024. No ano passado, o valor médio era de R$ 0,80. Em 2025, o preço subiu para R$ 0,85 no início do mês — uma alta de 5,88%. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 13 de junho em feiras tradicionais da capital, como Carrasco, Igapó e Panorama, onde o preço médio se manteve em R$ 0,80. Ainda assim, na primeira semana da pesquisa, os valores variaram entre R$ 0,80 e R$ 1,10.

Nos pontos tradicionais de venda do produto neste período do ano, como o Mercado de Agricultura Familiar, canteiro da Avenida das Alagoas – ambas na Zona Sul – o preço variou entre R$ 0,90 (na Agricultura Familiar) e R$ 2,00 (na Avenida das Alagoas) na primeira semana. Apesar do aumento na oferta do produto na segunda semana, os preços continuaram a subir. A espiga passou de R$ 0,80 para R$ 0,90 nas feiras livres, comportamento também registrado nos pontos de venda, onde o valor médio saiu de R$ 1,50 na primeira semana para R$ 2,00 na segunda.

 

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