O Rio Grande do Norte registrou, em 2024, a menor
taxa de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) do Nordeste e a quarta
menor do Brasil, com um índice de 5,82%, segundo dados do DATASUS/Ministério da
Saúde. A expectativa da secretaria é que o número de trombólises continue
crescendo. Com base na média registrada nos dois primeiros meses de 2025, a previsão
é de 330 procedimentos até o fim do ano.
O número representa uma queda de 39,47% em relação a
2019, superando a média nacional, que teve redução de 21,2%, e a média do
Nordeste, de 22%. O levantamento foi realizado pela Coordenação de Regulação em
Saúde e Avaliação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). “Como
coordenador da linha de cuidado, destaco que a redução de 39,7% na taxa de
mortalidade reflete o impacto transformador de políticas públicas bem
estruturadas no SUS. A ampliação do acesso a trombólises, aliado a treinamentos
e melhor gestão, tem salvado vidas e posicionado o RN como referência nacional.
Esses avanços significam mais esperança e qualidade de vida para nossa
população”, afirmou o cardiologista Rodrigo Bandeira.
De acordo com o governo do Estado, a queda na
mortalidade está diretamente ligada à criação da linha de cuidado do infarto no
estado, implantada pela Sesap em 2022. Desde então, houve um aumento expressivo
nos investimentos em medicação e nos procedimentos emergenciais voltados ao
tratamento do infarto. “Os números mostram que a qualificação da rede de saúde,
especialmente a criação da linha de cuidado do infarto, está dando resultados.
São inúmeras vidas salvas, a partir do esforço de muita gente e do investimento
que vem sendo feito pelo Governo do Estado”, afirma o secretário de Estado da
Saúde Pública, Alexandre Motta.
Um dos principais avanços foi na distribuição da
alteplase, medicamento utilizado para dissolver os coágulos causados pelo
infarto. O valor investido saltou de R$ 343,5 mil, em 2022, para R$ 1,42 milhão
em 2024 — um crescimento de 316%. Com isso, o número de trombólises realizadas
passou de 63, em 2019, para 262 neste ano. “Os resultados demonstram que a
implementação de políticas estruturadas foi determinante para a redução da
mortalidade por doenças cardiovasculares no Rio Grande do Norte. A experiência
do nosso estado destaca o potencial do SUS em salvar vidas quando há
investimento”, destacou Walkíria Nóbrega, subcoordenadora de Regulação das
Urgências e Emergências da Sesap.
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