Abril é o mês em que o Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) intensifica as invasões por todo o país. Com mais de 50
mil pessoas mobilizadas, os militantes já invadiram 35 propriedades em 20
Estados do Brasil no chamado “Abril Vermelho”.
Os invasores exigem a desapropriação de áreas que,
segundo eles, são “improdutivas”. Eles também alegam que muitas propriedades
rurais “não cumprem a função social”.
As invasões do MST, contudo, não se resumem apenas
ao “Abril Vermelho”. De 14 a 17 de março, por exemplo, foram registradas 70
ações em todo o país.
Terras invadidas pelo MST
No município de Goiana, em Pernambuco, cerca de 800
integrantes do movimento invadiram a Usina Santa Teresa. Em Águas Belas (PE),
cerca de 120 famílias invadiram a Fazenda Barra da Ribeira.
Em Solânea, na Paraíba, 50 famílias entraram na
Fazenda Carvalho, enquanto 500 invadiram uma granja em Santa Rita (PB).
Enquanto o MST tem o aval do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para invadir as terras, alguns políticos de oposição trabalham
para frear os ataques às propriedades rurais.
Movimento dos Trabalhadores Com Terra
É o caso, por exemplo, do governador de Santa
Catarina, Jorginho Mello (PL). No começo de abril, ele anunciou a criação do
Movimento dos Trabalhadores Com Terra (MCT). O objetivo da iniciativa é reagir
às invasões do MST.
“Se quiser terra, conquiste com o suor de seu
rosto”, disse o governador catarinense nas redes sociais. “Aqui todo mundo
trabalhou para ter.”
Em razão do “Abril Vermelho”, produtores rurais de
Santa Catarina criaram o “Abril Amarelo”, para combater as violações de
propriedade.
Revista Oeste

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