Um casal foi preso nesta quarta-feira (25) suspeito
de ter matado a própria filha, uma bebê de 36 dias de vida, em Piracicaba, no
interior de São Paulo.
O homem cumpria pena por tráfico de drogas e estava
no período de saída temporária da prisão, conhecida como “saidinha”.
O casal deu entrada na UPA Vila Cristina na noite de
Natal, informando que o bebê estava morto. Após exames, médicos constataram
diversos hematomas e fraturas no corpo. A polícia, então, foi acionada, e o
casal foi conduzido à delegacia e preso em flagrante.
Em depoimento, eles disseram que o bebê teria sido
morto asfixiado, por acidente, quando estavam dormindo. A Polícia Civil, no
entanto, fez perícia também na residência do casal e colheu indícios de autoria
criminosa. Após a audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida
em preventiva.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o
assassinato teria sido motivado pela desconfiança do homem de que não era o pai
da criança. O casal tem ainda dois outros filhos, que estão sob custódia do
Conselho Tutelar.
Laudo do IML aponta agressões
O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML)
confirmou que o bebê, de um mês, que deu entrada já sem vida em UPA de
Piracicaba (SP), morreu após agressões físicas. De acordo com a delegada
responsável pelo caso, a necropsia apontou como possível causa o que é chamado
de síndrome do bebê sacudido. – Entenda abaixo. À polícia, os pais da vítima
deram uma versão de acidente doméstico. Eles foram presos, em flagrante, na
noite desta quarta-feira (25) de Natal.
“As agressões foram a causa da morte da criança, com
sinais evidentes de violência, segundo o médico legista. No exame da necrópsia,
foi constatado o que os médicos chamam de síndrome do bebê sacudido, que são
várias lesões por diversas partes do corpo. Ele encontrou fratura de crânio,
fratura de tórax, lesões nos glúteos da criança. Foi apontado ainda sangramento
nos órgãos da bebê. O que é totalmente incompatível com a versão dada pelos
pais para o ocorrido”, declarou a delegada Juliana Ricci.
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