O Google vai exigir das bets a autorização
do Ministério da Fazenda para liberar anúncios de apostas esportivas ou jogos
de azar on-line em sua plataforma. As mudanças começam a valer a partir de
segunda-feira.
As alterações feitas pelo Google refletem as novas
exigências regulatórias no Brasil. No último dia 17 de setembro, o Ministério
da Fazenda publicou uma portaria que bloqueará plataformas de apostas
irregulares que operam no Brasil a partir de outubro.
Apenas empresas que solicitaram autorização de
funcionamento junto ao governo e que já estão operando poderão continuar suas
atividades entre outubro e o fim de dezembro. A publicação da portaria tem como
objetivo combater o vício em apostas no Brasil.
Para poderem anunciar, o Google informou que, com
base na atualização de sua política de publicidade, as plataformas de apostas
precisam obter uma certificação do Google, que pode ser adquirida mediante
solicitação.
O Google afirmou ainda que operadores de corridas de
cavalos e loterias deverão obter novamente a certificação para continuar
anunciando no Brasil a partir de segunda-feira.
Já os chamados agregadores de jogos de azar de
qualquer tipo não poderão mais anunciar no Brasil após 30 de setembro.
Há dois dias, o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, afirmou que a instituição está monitorando os riscos de
inadimplência associados ao aumento das apostas e jogos on-line no Brasil.
Outro tema no radar, segundo Campos Neto, é o uso de carteiras digitais para
mediar pagamentos com cartão de crédito, por meio do PIX.
Em outra frente, o governo federal estuda uma série
de medidas para impedir o uso de recursos do Bolsa Família para o pagamento de
apostas on-line. Além do bloqueio do cartão do programa social para o pagamento
de jogos e apostas, uma possibilidade em análise é a transferência da
titularidade do benefício.
O Globo
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