domingo, 29 de setembro de 2024

12 Estados têm mais Bolsa Família do que empregados com carteira; RN mudou de lista, confira



O número de beneficiários do Bolsa Família ainda é maior que o de trabalhadores com carteira assinada em 12 das 27 unidades da Federação. Esses dados excluem o setor público.

Indicadores recentes, no entanto, mostram um aumento no número de carteiras de trabalho em relação ao de beneficiários do Bolsa Família. Essa tendência ocorre desde o início de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o Planalto.

Em janeiro de 2023, o número de beneficiários do programa correspondia a quase metade de todas as carteiras assinadas no Brasil. Essa proporção caiu para 44% do emprego formal em agosto de 2024.

Ou seja, houve uma expansão significativa do mercado de trabalho, enquanto o número de beneficiários do Bolsa Família teve uma queda, motivada pelo início da revisão de cadastros pelo governo federal.

O número de beneficiários do Bolsa Família ainda é maior que o de trabalhadores com carteira assinada (o que exclui o setor público) em 12 das 27 unidades da Federação.

Antes da pandemia, eram 8 Estados com mais benefícios que empregos formais. O número subiu para 10 em 2020, para 12 em 2022 com o Auxílio Brasil e chegou a 13 em 2023. O número se manteve em 13 no início de 2024, mas agora reduziu para 12 Estados.

A última mudança foi do Rio Grande do Norte, que passou a ter mais carteiras assinadas do que benefícios concedidos.

Com isso, passou a ser o único Estado do Nordeste com mais carteiras de trabalho do que beneficiários. O Norte também tem 4 Estados com mais benefícios do que trabalhadores com carteira.

O Maranhão é o Estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há 659 mil empregos com carteira assinada e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo Bolsa Família.

Ou seja, há quase duas famílias recebendo o Bolsa Família no Estado para cada empregado com Carteira de Trabalho.

O Estado onde essa proporção é menor é Santa Catarina. Lá, há 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário do Bolsa Família.

Há uma melhora sistemática nesse indicador. O número de carteiras assinadas cresceu mais do que o de beneficiários em 23 Estados no intervalo dos últimos 12 meses.

Em janeiro de 2020, antes do início da pandemia, o Brasil tinha 39,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada e 13,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família. O número de beneficiários subiu para 14,5 milhões em dezembro de 2021, quando o mercado de trabalho já havia se recuperado parcialmente do baque da crise sanitária.

O governo Bolsonaro ampliou esse número para 21,6 milhões no ano eleitoral de 2022. Ao menos 3 milhões dos 7 milhões de novos beneficiários foram incluídos no programa nos 3 meses que antecederam as eleições.

A ampliação abrupta de 49% no número de famílias que recebiam o benefício em 2022 criou, entre economistas, o receio de que o cadastro apressado pudesse reduzir a eficácia do programa.

Houve também um aumento provisório no valor do benefício em 2022, que chegou a R$ 600. Com a disputa eleitoral, o valor virou permanente. Em 2023, uma nova ampliação fez o valor médio chegar a R$ 681.

Esse rápido aumento do Bolsa Família coincidiu com uma fragilização do trabalho em carteira assinada, com muitos trabalhadores migrando para o mercado informal. Com isso, em janeiro de 2023, para cada 2 empregos com carteira assinada, havia 1 beneficiário do Bolsa Família.

Desde o início do governo Lula, no entanto, há tendência de crescimento do emprego formal e de redução (via pentes-finos) nos benefícios.

 Fonte: Poder 360

 


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