sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Setor produtivo aponta caminhos para viabilizar cabotagem no RN

 


Tribuna do Norte

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) participará do Intermodal South América 2024, principal evento sobre modais terrestre, aéreo, marítimo e ferroviário das Américas, no próximo dia 5 de março. A ideia é viabilizar a implementação de sistemas de cabotagem no Rio Grande do Norte. A operação surge como uma alternativa em um contexto de crescimento econômico e otimização logística. O assunto foi debatido na terça-feira (6) entre o presidente da instituição, Roberto Serquiz, e o presidente do Sindicato da Indústria de Reciclagem (Sindrecicla-RN), Etelvino Patrício. A cabotagem é o transporte marítimo entre portos dentro do mesmo país, como uma alternativa aos meios tradicionais de transporte terrestre, como caminhões e trens.

“Nessa reunião, pudemos direcionar o trabalho de como atrair empresas de cabotagem para o Porto de Natal. Seguimos trabalhando nessa missão e vamos apresentar às empresas um levantamento do potencial de carga do setor produtivo do RN”, comenta. Serquiz e Patrício se reuniram com os armadores Login, Marfrete, Mercosul Line e Aliança. “Esses encontros nos levaram à necessidade de realizar um levantamento de capacidade de carga e retorno do Porto de Natal, o que está sendo feito junto aos diversos setores da indústria”, explicou o presidente da Fiern.

Para o presidente da Fiern, o Intermodal South América 2024 será uma oportunidade para atrair empresas para operações de cabotagem na capital potiguar, enfatizando a necessidade de apresentar às empresas o potencial de carga do setor produtivo local.

“Será o momento de apresentar o levantamento da capacidade de carga e retorno do Porto de Natal e abrir diálogo com novos armadores”, afirma Roberto Serquiz. Ele defende a implementação de sistemas de cabotagem pois “atraem empresas com boa infraestrutura, logística, segurança jurídica e ambiente empreendedor”.

O presidente da Fiern explica que as operações de cabotagem, com um fluxo permanente, são uma forma de estímulo ao desenvolvimento, porque além de serem um canal de escoamento da produção, se constituem em um diferencial competitivo.

De acordo com Etelvino Patrício, o Estado possui potencial para atrair as empresas. “As companhias percebem que existem grandes possibilidades no Rio Grande do Norte. Precisamos ter um alinhamento para aproveitar essas oportunidades e esse relacionamento junto às empresas”, afirma Patrício.

Impulso à economia
Ao reunir representantes da indústria, comércio e entidades ligadas ao setor produtivo, a Fiern articulou esforços para promover a cabotagem como um catalisador do desenvolvimento econômico do Estado.
A implementação da cabotagem no Rio Grande do Norte não apenas promete impulsionar a economia local, mas também trazer benefícios ambientais e de infraestrutura, afirmam interlocutores do setor produtivo. A redução do tráfego de caminhões de carga nas estradas estaduais não só diminuirá os danos ao meio ambiente, mas também contribuirá para a conservação e aprimoramento das vias de transporte.

Ao longo de 2023, a Fiern recebeu diversas empresas de cabotagem para apresentar o potencial de operação no Porto de Natal. Representantes das empresas Mercosul Line, Marfret e Log-In já se encontraram com lideranças empresariais do Rio Grande do Norte para conhecer a demanda pela cabotagem dos setores produtivos do Estado. Entre janeiro e dezembro de 2023, dentre os tipos de navegação a partir dos portos do RN, a de longo curso concentrou 2,3 milhões de toneladas e a cabotagem perto de 500 mil toneladas. Os dados são do Desempenho Aquaviário 2023 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

 

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