Fonte: Blog do Gustavo Negreiros
No noticiário internacional, não se fala em outra
coisa além da acusação feita pelo site israelense Honest Reporting na
quarta-feira (8), que chamou jornalistas da Faixa de Gaza de
"cumplices" do grupo terrorista Hamas.
A acusação tem como base o fato de que eles
saberiam, com antecedência, dos atentados do Hamas contra Israel por terem
acompanhado os ataques de 7 de outubro. Em resposta, o gabinete do
primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que os profissionais
"foram cúmplices de crimes contra a humanidade".
"A Diretoria Nacional de Diplomacia Pública no
Gabinete do Primeiro-Ministro vê com extrema gravidade que fotojornalistas que
trabalham com mídia internacional se uniram para cobrir os atos brutais de
assassinato perpetrados por terroristas do Hamas", afirmou o escritório,
em nota divulgada nesta quinta-feira (9). "Esses jornalistas foram
cúmplices de crimes contra a humanidade; suas ações foram contrárias à ética
profissional."
O gabinete afirmou ainda que notificou os chefes de
redação de organizações de mídia para pedir esclarecimentos sobre o assunto. O
Honest Reporting, veículo que monitora a imprensa para combater o que chama de
"preconceito anti-Israel", cita no texto profissionais que seriam
colaboradores das agências Associated Press e Reuters, do jornal The New York
Times e da emissora CNN. Segundo o site, os jornalistas tiraram fotos de
sequestros, dos tanques israelenses na fronteira e da invasão de comunidades no
sul do país.
RECRUTAMENTO NO BRASIL
Enquanto isso, aqui no Brasil, um dos suspeitos
ouvidos pela Polícia Federal na operação que investiga o planejamento de
ataques terroristas contra judeus no Brasil teve encontros com um dos “chefes”
do Hezbollah durante uma viagem ao Líbano.
A organização tentava recrutá-lo, conforme revelou a
CNN Brasil em reportagem. Durante as conversas em Beirute, o “chefe” teria
questionado se ele havia sido informado no Brasil qual seria o trabalho, que
“não era uma atividade limpa” e que “a gente precisava ser capaz de matar e
sequestrar”.
Ainda segundo o depoimento, o suspeito respondeu que
não era capaz de praticar esses atos. Alvo de busca e apreensão na operação da
PF, o brasileiro descreve o modus operandi da organização para tentar recrutar
novos membros.
Ele conta que recebeu dinheiro de um contato no
bairro Brás em São Paulo para viajar a Beirute, que as orientações para a
viagem vinham por WhatsApp de um celular paraguaio e que ficou em dois hotéis
na capital libanesa com tudo pago pelos criminosos.
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