Por Tribuna do Norte.
Os ataques orquestrados possivelmente por facção
criminosa no Rio Grande do Norte na madrugada desta quarta-feira (14) já eram
esperados pelos policiais penais do estado. É o que afirma a presidente do
sindicato que representa a categoria, Vilma Batista. De acordo com ela, o
aumento de concessões aos detentos e dificuldade na fiscalização contribui para
situações como essa.
Segundo Vilma Batista, os policiais penais têm
percebido um comportamento diferente por parte dos detentos. Ordens que
anteriormente eram seguidas, agora têm sido ignoradas. “Antes, não havia uma
parede riscada nas celas, mas agora não se pode fazer mais nada”, disse Vilma
Batista, que alegou haver uma onda de denúncias falsas por supostos maus-tratos
aos detentos e atuação de órgãos de defesa aos Direitos Humanos.
Além disso, a representante dos policiais penais
também explica que está havendo facilidade para a comunicação entre os detentos
e membros da facção criminosa.
“Nós sabíamos internamente, de várias ordens que
estão saindo de dentro do sistema prisional, na nossa cara, porque essa
televisita, à época, na pandemia fez com que eles (os detidos) tivessem contato
com seus familiares, no entanto, a (televisita) foi aberta até para os amigos,
a galera. Basta só ligar o computador e a galera da comunidade, da facção
inclusive trocando informações. Já houve vários episódios em que os policiais
penais tiveram que intervir”, explicou.
De acordo com ela, o Sindppen vai enviar ainda nesta
terça-feira um documento aos policiais penais solicitando a eles que “cortem”
as regalias e “não haverá mais os teleatendimentos, principalmente presenciais
porque precisamos cessar esses comandos, esses contatos e priorizar o Estado”.
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