A coligação que terá Fábio Dantas (governador) pelo
Solidariedade e Rogério Marinho (senador) pelo PL ganha mais força no avanço
das conversas com o União Brasil. O ex-senador José Agripino Maia publicou foto
com a família em São Paulo, onde também está acompanhando um tratamento
particular de saúde da esposa, Anita Catalão Maia. Existe uma expectativa, que
Agripino possa sentar nos próximos dias com os interlocutores da oposição.
Como já deixou claro que o objetivo do União Brasil
em 2022 é fortalecer uma bancada em Brasília e ter representantes na Assembleia
Legislativa, José Agripino sabe que tanto o Solidariedade como o PL têm nomes
com o mesmo interesse. Mas, para o União Brasil ceder o maior tempo na TV e
rádio, além de integrar uma coligação com o maior fundo partidário para seus
candidatos, também terá que ter vantagens eleitorais. E o nome que Agripino
hoje mais simpatiza para eleger deputado federal é Paulinho Freire, hoje
presidente da Câmara Municipal de Natal.
Ligado ao deputado federal Benes Leocádio (União
Brasil), o ex-prefeito de Assú, Ivan Júnior, que perdeu a disputa para prefeito
por apenas cinco votos, em um eleitorado de quase 40 mil votos, surge como o
preferido do Solidariedade. Ivan faz frente em Assu ao deputado George Soares
(PV), ex-líder do Governo e aliado da governadora Fátima Bezerra (PT), na região
do Vale do Açu. O deputado Nelter Queiroz (PSDB), que tem o apoio de Ivan Jr.
em Assu já andou vazando que seu aliado topa a parada. Fábio Dantas espera
subir e tentar chegar a 20% nas pesquisas, com a entrada do União Brasil.
Mossoró . Em troca do Ipem e de cargos na capital do
Oeste, as ex-deputadas Larissa Rosado e Sandra Rosado, hoje na bandeira do
União Brasil não vão apoiar Fábio Dantas e nem Rogério Marinho de jeito nenhum.
Elas não tem pedido segredo em Mossoró. Sandra, anda até reclamando que o ex-senador
José Agripino Maia está focando bases no interior para Paulinho Freire e
Leonardo Rego, ex-prefeito de Pau dos Ferros e histórico agripinista no Alto
Oeste.
Jurídico.
O advogado Erick Pereira, o mesmo que fez a campanha de reeleição do prefeito
Álvaro Dias (PSDB), agora integra o time que vai defender a campanha do
ex-prefeito Calos Eduardo Alves (PDT), ao Senado. Já a governadora Fátima
Bezerra (PT) fechou com o advogado André Castro, o mesmo que fez sua campanha
em 2018.
DataFolha.
Lula (PT) tem 53% dos votos válidos em sua mais recente pesquisa, realizada em
22 e 23 de junho. Para ganhar no primeiro turno, é necessário que o candidato
some 50% dos votos válidos mais um. Votos válidos são aqueles que excluem, no
cômputo geral, os brancos e nulos. Sob essa métrica, que é a utilizada pela
Justiça Eleitoral para a contagem final do pleito, o presidente Jair Bolsonaro
(PL) tem 32% das intenções de voto. Ciro Gomes, do PDT, marca 10%. O instituto
ouviu 2.556 pessoas em 181 cidades no levantamento, contratado pela Folha e
registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-09088/2022.
2º Turno.
Lula derrota seus principais adversários nas simulações de 2º turno feitas pelo
Datafolha em sua nova pesquisa. Se enfrentar Bolsonaro, o petista ganha por 57%
a 34%, números semelhantes aos levantados pelo instituto em 25 e 26 de maio
(58% e 33%, respectivamente). Seguem sendo 8% os brancos e nulos. Nesta rodada,
realizada nos dias 22 e 23 de junho, Lula tem 47% das intenções de voto para o
primeiro turno, ante 28% de Bolsonaro e 8%, de Ciro Gomes (PDT).
De jeito nenhum.
Bolsonaro segue com a maior rejeição entre os candidatos ao Palácio do
Planalto, segundo o Datafolha. O instituto, em sua pesquisa que ouviu 2.556
pessoas em 22 e 23 de junho, aponta que 55% dos brasileiros não votam no
mandatário máximo de forma alguma no dia 2 de outubro. Bolsonaro é mais
rejeitado por desempregados (66% nunca votariam nele), pretos (63%),
nordestinos (62%), estudantes (62%), mulheres (61%), católicos (61%), jovens
(60%) e os mais pobres (60%).
Fora Lula.
Os grupos mais refratários Lula, segundo o Datafolha são os empresários (61%),
os mais ricos (57% entre quem ganha de 5 a 10 mínimos e 52% entre quem tem
renda acima de 10 mínimos), pessoas com nível superior (46%), evangélicos
(46%), espíritas (46%), moradores do Centro-Oeste (43%) e homens (41%).
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