O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caiu como uma
bomba no palanque da governadora Fátima Bezerra (PT). Isso porque tranquila ao
saber que tem o apoio do PSB, mesmo sem apoiar a pré-candidatura do deputado
Rafael Motta ao Senado Federal, a governadora agora vai ter que escolher se
quer o pessebista ou o PDT, do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves no seu palanque.
Afinal, o TSE impediu que uma única candidatura ao Governo tenha, no seu grupo
coligado, mais de uma candidatura ao Senado.
Isso quer dizer que, no grupo de Fátima, não será
possível ter Carlos Eduardo e Rafael Motta candidatos. E como nenhum dos dois pretende
abrir mão da disputa, vai caber a governadora decidir quem quer ao lado dela.
Se não insistir com o ex-prefeito, poderá perder o PSB na coligação, visto que
o plano da candidatura de Rafael Motta seria nacional e não estaria vinculada
ao apoio do PT no RN.
A decisão que tumultuou o grupo de Fátima foi tomada
pelo TSE nesta terça-feira (21). Por 4 votos a 3, a Corte analisou uma
consulta feita pelo deputado federal Delegado Waldir (União Brasil).
Ele perguntou se partidos que formam uma coligação para
disputar o posto de governador são obrigados a lançar um único candidato ao
Senado. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, abriu a possibilidade
de candidaturas diversas ao Senado por integrantes de uma mesma coligação. O
magistrado, no entanto, não obteve a maioria.
No Rio Grande do Norte, o entendimento vai impor uma
escolha à governadora Fátima, já que o PSB e o PDT possuem pré-candidatos ao
Senado. São eles: o deputado federal Rafael Motta e o ex-prefeito de Natal
Carlos Eduardo Alves, respectivamente.
O PT já deliberou pelo apoio a Carlos Eduardo, em
encontro tático realizado este mês. O que muda, agora, é que a manutenção desse
apoio significa retirar o PSB da coligação para o Governo, contrariando a
aliança nacional formada entre petistas e socialistas, nas figuras do
ex-presidente Lula e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
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