No segundo turno das eleições municipais, os votos
foram 100% apurados até as 21h11. Mais ágil que no primeiro turno, quando o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou o resultado próximo à
meia-noite, por conta de um erro no processamento da inteligência artificial do
supercomputador da instituição. O número de abstenções foi de 29,47%.
Em coletiva de imprensa, Barroso informou que, dessa
vez, não houve nenhum ataque cibernético ao sistema do TSE. Apesar disso, o
delegado da Polícia Federal, Rolando Alexandre, responsável pelo inquérito que
investiga o hacker português e outros três brasileiros que realizaram a
tentativa de ataque em 15 de novembro, afirmou que havia um plano de nova
investida, o que não ocorreu. O ministro pediu investigações no dia seguinte ao
pleito.
O presidente do TSE destacou que, no grupo, há hackers
que fazem ataques para testar a própria capacidade tecnológica, para cobrar
resgate, e “há os que querem atacar a democracia, o sistema eleitoral, para
tornar instituições vulneráveis”. “Todos são criminosos, merecem repúdio das
pessoas de bem e devem sofrer ações na justiça”, afirmou.
Fruto da pandemia
Sobre as abstenções, Barroso destacou que o número
costuma crescer no segundo turno e se agravou por conta da pandemia de
coronavírus. Ele destacou que o comparecimento foi de 70,53% e que vê o copo
“meio cheio”. “A abstenção no segundo turno, que tradicionalmente é superior ao
1º turno, foi de 29,47%. Número maior que o desejaríamos. Mas, é preciso ter em
conta que realizamos eleições em meio a uma pandemia que consumiu 170 mil vidas
e pessoas com temor deixaram de votar, muitos por medo, muitos por estarem com
a doença e muitos por estarem com sintomas”, avaliou.
Para o ministro, os mais de 70% de comparecimento no
cenário da pandemia “merecem ser celebrados”. “Cumprimento o povo brasileiro
por um comparecimento maciço às urnas”, destacou.
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