"Qualquer caso identificado em qualquer estado,
ou seja, um caso apenas, já é considerado surto. Então, o RN está em surto de
sarampo até que a gente de fato consiga identificar e não ter a circulação do
vírus pelos próximos 90 dias. Um caso confirmado demanda um estado de alerta no
RN e permanece em estado de alerta até que a gente consiga conter qualquer
cadeia de transmissão", explicou Alessandra Lucchesi, subcoordenadora de
vigilância epidemiológica da Sesap.
Nesta quarta-feira um
exame confirmou que uma menina de 1 anos e seis meses apresentou o vírus do
sarampo. Ela é tido como "provável" infectada pela
doença - basta apenas um exame da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para confirmar o
caso de maneira protocolar.
A criança representa o segundo caso da doença em
território potiguar neste ano. Em julho, um
homem de 54 anos foi diagnosticado com sarampo na capital potiguar -
foi o primeiro caso no estado em 19 anos. Ele teria trazido a doença de São
Paulo. O caso dele está confirmado.
A Sesap confirmou ainda que três pessoas estão sendo
analisadas com suspeitas de terem tido sarampo. Entre elas está o pai da
criança de Tibau do Sul, uma outra criança de 6 anos em Macaíba e uma mulher de
19 em Extremoz. Todas, no entanto, já não apresentam mais a doença, mas a
investigação tenta definir se elas tiveram ou não o vírus, por conta dos
sintomas que apresentaram.
Em relação ao caso da criança de Tibau do Sul,
cinquenta pessoas que tiveram contato com ela receberam o bloqueio vacinal para
evitar que o vírus se espalhe. O bloqueio vacinal é a forma sugerida pelo
Manual da Vigilância do Ministério da Saúde para evitar a proliferação da
doença.
Os casos reaparecem no Rio Grande do Norte após 19
anos, assim como tem acontecido no país. Em março, o
Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença concedido pela Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS).
"Infelizmente ao longo do tempo a gente teve uma
redução considerável dessas coberturas vacinais. Com essa redução, ficam
pessoas suscetíveis. A vacina tríplice viral faz parte do calendário vacinal da
criança e do adulto, sempre esteve disponível nas unidades de saúde e,
infelizmente, com uma baixa procura", lamentou Alessandra Lucchesi,
subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap.
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