A crise envolvendo o “Careca do INSS” ganhou
contornos de filme policial. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor da
World Cannabis, Edson Claro, afirmou que Antônio Carlos Camilo Antunes o
ameaçou de morte ao cobrar celulares, notebooks e um iPad que poderiam conter
informações sensíveis. “Vou meter uma bala na sua cabeça”, teria disparado
Careca, segundo o relato registrado na Polícia Civil de São Paulo.
Edson também declarou que Careca pagava mesada de R$
300 mil a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, além de ter repassado R$ 25
milhões ao filho do presidente Lula — valor que a própria CPMI do INSS não
conseguiu identificar em qual moeda foi pago. O ex-executivo diz que deixou o
local da ameaça avisando que colaborava com a PF.
Mesmo com denúncias cada vez mais pesadas, o governo
Lula conseguiu blindar o herdeiro político. A CPMI do INSS rejeitou a
convocação de Lulinha por 19 votos a 12, numa articulação direta da base
governista. O filho do presidente vive atualmente em Madri, para onde se mudou
quando a “farra do INSS” passou a ocupar o noticiário.
O inquérito ainda aponta disputas por bens, dívidas
e conflitos comerciais entre Careca e Edson Claro.

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