A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela
cometeu graves violações de direitos humanos e crimes contra a humanidade ao
longo de mais de uma década, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira
(11) por uma Missão de Apuração de Fatos da ONU.
O documento aponta que a GNB esteve envolvida em
detenções arbitrárias, violência sexual, tortura, repressão de protestos e
perseguição política sistemática desde 2014, sob o regime de Nicolás Maduro. As
vítimas, segundo a ONU, eram escolhidas por serem opositoras — ou percebidas
como opositoras — ao governo.
“A repressão coordenada contra críticos do regime
persiste há mais de dez anos”, afirmou Marta Valinas, chefe da missão.
O relatório também destaca o papel da GNB na
operação “toc-toc”, realizada após as eleições de 2024, quando agentes
realizaram batidas repentinas em casas de críticos, atingindo inclusive
moradores de áreas pobres.
A publicação ocorre em meio ao aumento da tensão
entre Estados Unidos e Venezuela, após o presidente americano, Donald Trump,
voltar a mencionar a possibilidade de intervenção militar, sob o argumento de
combater o tráfico de drogas. Maduro acusa Washington de tentar derrubá-lo para
controlar as reservas de petróleo do país.
Integrantes do regime venezuelano rejeitaram as
conclusões, classificando relatórios anteriores da ONU como “repletos de
falsidades”.
Com informações de CNN Brasil

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