segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

UFRN alerta para impacto de corte de 7,18% no orçamento previsto para 2026

 


A Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) manifestou preocupação com a redução no orçamento das universidades federais aprovada pelo Congresso Nacional durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. Segundo a gestão da instituição, os cortes afetam diretamente o funcionamento das universidades e comprometem despesas básicas, como pagamento de energia elétrica, contratos de terceirização e políticas de assistência estudantil.

De acordo com o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, a universidade sofrerá um corte de 7,18% em seu orçamento discricionário. “Esses cortes impactam fortemente o funcionamento da Universidade, especialmente em compromissos essenciais”, afirmou.

Uma análise preliminar da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que, no conjunto das 69 universidades federais, o orçamento previsto no PLOA 2026 teve uma redução de R$ 488 milhões, o que representa um corte de 7,05% nos recursos discricionários.

No caso específico da UFRN, o orçamento de custeio aprovado na Lei Orçamentária Anual caiu de R$ 205,1 milhões previstos inicialmente para R$ 190,4 milhões, uma redução de R$ 14,7 milhões. Com isso, o valor aprovado para 2026 ficou abaixo do orçamento de 2025, que foi de R$ 195,6 milhões.

A situação é ainda mais preocupante na área de assistência estudantil. Segundo o reitor, o orçamento destinado ao setor, que já havia sido insuficiente em 2025 e precisou ser complementado com recursos do custeio da universidade, sofreu um novo corte de 7,33% em relação ao valor previsto no PLOA 2026, ficando novamente abaixo do montante do ano anterior.

Diante do cenário, José Daniel Diniz Melo afirmou que espera uma recomposição orçamentária por parte do Ministério da Educação (MEC), a exemplo do que ocorreu em anos anteriores. Para ele, as universidades federais precisam de um modelo de financiamento que ofereça previsibilidade e recursos suficientes para garantir o cumprimento de sua missão acadêmica, científica e social.

 

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