O tarifaço que os Estados Unidos impuseram aos
produtos brasileiros já caiu para vários alimentos, como café e carne, mas não
para o ovo.
A informação é do g1. A decisão
de Donald Trump de sobretaxar o Brasil em 50%, a partir de agosto deste ano,
acabou com a "festa" da exportação do alimento para aquele mercado.
Com a "crise do ovo" nos EUA, as vendas do
produtos brasileiro para o país tinham disparado no início do ano. O mercado
norte-americano enfrentava uma grande redução na produção local, por conta de
surto de gripe aviária, e havia relatos de uma dúzia de ovos sendo vendida a R$
60 nos supermercados.
Os EUA chegaram a mudar suas regras para o ovo
brasileiro: até janeiro deste ano, ele só podia ser usado para ração. Depois,
passou a poder ser ingrediente de alimentos processados, como misturas para
bolo ou sorvete, mas não pode ser vendido in natura nos supermercados.
Em janeiro, os EUA compraram 220 toneladas de ovos
do Brasil. Esse número disparou até passar de 5.000 toneladas em junho,
mantendo um patamar alto até o mês seguinte, segundo a Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA).
A compras começaram a cair em agosto, quando o
tarifaço de 50% entrou em vigor. Em outubro, apenas 41 toneladas foram enviadas
para o mercado norte-americano.
A crise do ovo também perdeu fôlego nos EUA. O pico
aconteceu em março, com a dúzia sendo vendida por US$ 6,22 (cerca de R$ 33),
informou o Bureau of Labor Statistics (BLS), agência federal que analisa o
preço dos alimentos para o consumidor.
O dado mais recente, de setembro, diz que o preço
caiu para US$ 3,48 (R$18,48).
Mesmo assim, na comparação entre janeiro e outubro
de 2024 e o mesmo período de 2025, as vendas para os EUA representou uma alta
de 1.037,52%.
Com isso, a disparada dos primeiros meses do ano
deverá fazer com o que o Brasil encerre 2025 com alta de 116,6% nas
exportações, projeta a ABPA.
Pela primeira vez, o volume exportado deverá superar
1% da produção nacional — a grande maioria dos ovos ainda é destinada ao
consumo interno.

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