Enquanto a população se prepara para o
Réveillon, a Câmara Municipal, sob o comando de Alcimar Germano, aprova em
sessão relâmpago a redução drástica de repasses para a previdência, ignorando
rombo milionário e recorde de arrecadação.
Por Redação Correio do Trairi 31 de
dezembro de 2025
A virada de ano em Tangará ficará marcada não pelos
fogos de artifício, mas pela traição contra os servidores
públicos e aposentados do município. Na manhã deste dia 31 de dezembro, em uma
sessão extraordinária convocada às pressas, o Prefeito Augusto Alves e a base
aliada na Câmara Municipal desferiram um golpe mortal contra a saúde financeira
do Instituto de Previdência Municipal (TangaráPrev).
O Projeto de Lei nº 042/2025, aprovado em regime de
urgência, é um verdadeiro atentado ao futuro dos servidores. Sob a
cortina de fumaça de uma suposta “revisão atuarial”, o que aconteceu hoje foi
um saque autorizado aos cofres da aposentadoria dos tangaraenses.
A Mutilação da
Receita: De 18% para 7%
O projeto, arquitetado pelo Executivo e abençoado
pelo Presidente da Câmara, Alcimar Germano, reduz a alíquota de
contribuição patronal (a parte que a prefeitura deve pagar) de 18,47%
para irrisórios 7,35%.
Na prática, isso significa que o TangaráPrev
deixará de arrecadar cerca de R$ 200 mil reais todos os meses. É
uma sangria desatada que compromete imediatamente a folha de pagamento e obriga
o instituto a queimar suas reservas financeiras — hoje em torno de R$ 10
milhões — para cobrir o buraco aberto pela irresponsabilidade política.
Especialistas alertam: nesse ritmo, a
falência do TangaráPrev é uma questão de tempo. Em menos de 5 anos, o
dinheiro vai acabar, e os aposentados ficarão à mercê da própria sorte.
O Cinismo da “Falta
de Verba” e o Recorde de FPM
A justificativa do Prefeito Augusto Alves para tal
atrocidade é que a Prefeitura “não tem condições” de pagar o valor total sem
prejudicar os serviços básicos. Mentira.
A verdade que eles tentam esconder é que somente
neste mês de dezembro de 2025, a Prefeitura de Tangará recebeu o maior repasse
de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) da história: R$ 8 MILHÕES DE
REAIS.
Dinheiro há! O que falta é vergonha na cara e
gestão. Enquanto alegam pobreza para não pagar a previdência, a gestão
municipal mantém contratos milionários e obscuros de terceirização de
mão de obra e locação de automóveis. Se o prefeito quisesse salvar a
cidade, cortaria na própria carne, demitindo apadrinhados e cancelando aluguéis
de luxo, e não confiscando o futuro de quem dedicou a vida ao serviço público.
É preciso refrescar a memória do povo: em apenas
dois anos de gestão, Augusto Alves já acumulou uma dívida de R$ 7
milhões com a previdência. Somando-se aos R$ 6 milhões herdados da gestão
do Dr. Airton, o rombo é colossal.
A Câmara já havia sido “mãe” do prefeito ao aprovar
um parcelamento a perder de vista (300 meses) para pagar o que deve. Não
satisfeito com essa benesse, o prefeito agora decide pagar menos mensalmente,
empurrando o problema para um futuro colapso.
Os Nomes da Vergonha
A população precisa saber quem foram os cúmplices
desse desmonte. Aprovando o projeto e virando as costas para os servidores,
votaram a favor do “presente de grego”:
- Alcimar Germano (Presidente)
- Aninha de Ilo
- Ludwig
- Chicutinha
- Breno de Dona Marlene
- Paulo Anderson
Estes vereadores, junto com o prefeito, assinaram
hoje um cheque em branco contra a dignidade dos aposentados. O ano de 2026
começará com uma certeza amarga: em Tangará, o dinheiro do povo não serve ao
povo, mas para cobrir a incompetência de seus governantes.
O TangaráPrev pede socorro.

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