O dinamismo dos pequenos
negócios se destaca no Rio Grande do Norte ao longo de 2025. Entre janeiro e
novembro, o estado registrou um cenário de expansão contínua do
empreendedorismo, com aumento expressivo na abertura de empresas, saldo
positivo em todas as regiões e forte impacto na geração de empregos. Os dados,
divulgados no Boletim dos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae-RN com
base em fontes oficiais como Receita Federal e Caged, mostram que o segmento
segue sendo o motor da economia potiguar.
Ao todo, o RN contabiliza
271.634 pequenos negócios ativos, dos quais 209.273 são optantes do Simples
Nacional. A movimentação desse conjunto de microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte tem impacto direto no crescimento
econômico. Juntos, eles representam 36,6% do PIB estadual e foram responsáveis
por 96,23% dos empregos formais gerados no RN até outubro.
Crescimento em todas as
regiões
A abertura de empresas atingiu 51.733 novos registros até novembro, sendo 97%
formados por pequenos negócios(49.930), o maior número de participação desde
2020. No mesmo período, foram encerradas 28.633 empresas, garantindo um saldo
positivo de 22.351 empreendimentos — o melhor desempenho dos últimos cinco
anos.
A Grande Natal permaneceu
como principal polo empreendedor, concentrando mais da metade das novas
aberturas, com 30.374 registros (58,71%). Mas o avanço não se restringe à
capital. Regiões como Oeste, Seridó e Agreste também apresentaram números
robustos, evidenciando que o crescimento está espalhado por todo o território
potiguar.
No Oeste, por exemplo,
foram 6.095 empresas abertas contra 3.198 fechadas, enquanto o Agreste
contabilizou 3.403 aberturas e saldo de 1.658. Até regiões menores, como Trairi
e Seridó Oriental, mantiveram saldos expressivos.
Serviços se consolidam
como carro-chefe
O setor de Serviços concentra mais da metade dos optantes do Simples no estado,
com 107.618 empresas, seguido do Comércio, com 69.902, e da Indústria (18.243).
A construção civil (12.370) e a agropecuária (1.140) também cresceram.
O perfil reforça uma
tendência de negócios ligados ao consumo urbano, serviços de conveniência e
soluções especializadas.
Mercado de trabalho
O mercado laboral também sentiu os efeitos positivos da movimentação
empreendedora. De janeiro a outubro, os pequenos negócios geraram 19.290 vagas
formais, que embora em queda quando comparado aos últimos dois anos (2024 com
34.628/ 2023 com 21.946), segue sustentando a criação de novos postos de
trabalho no Rio Grande do Norte em relação a empresas de maior porte.
Empresas recém-abertas em
2025 mostram o porte enxuto que caracteriza o empreendedorismo local. A maioria
delas tem faturamento de até R$ 81 mil anuais e até quatro empregados. Esse
perfil, embora pequeno em estrutura, tem grande impacto na soma geral de
empregos distribuídos pelo território potiguar.
No ranking municipal,
Natal segue no topo, com 99.764 pequenos negócios, seguida por Parnamirim
(28.675) e Mossoró (26.568).
O crescimento no interior,
porém, chama atenção pela diversidade. Municípios como Caicó, Açu, Currais
Novos e Ceará-Mirim reforçam a interiorização do empreendedorismo, contribuindo
para dinamizar economias locais tradicionalmente dependentes do setor público.

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