Lula subiu no palanque da virtude e declarou que
“quem bate em mulher não precisa votar nele”. Forte, bonito, emotivo, daqueles
discursos feitos para lacrar no jornal da noite.
Só que a frase desmonta sozinha quando bate na
parede da realidade: o próprio filho do presidente é acusado de violência
doméstica. A fala que Lula usou para posar de guardião das mulheres derruba o
argumento dele na hora.
Como é que funciona essa conta? Se quem bate em
mulher não deve votar nele, o que se faz quando o acusado está na própria
família? Cancela o discurso? Manda refazer? Ou finge que ninguém percebeu?
Lula quer lançar o “movimento dos homens de bem”.
Começa por onde? Pelo berçário do poder ou apenas pelos pobres mortais do lado
de fora do Alvorada?
O feminicídio explode no país. A retórica
presidencial explode em contradição. No Brasil de Lula, discurso vai para a
vitrine. Coerência, não.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

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