Com praticamente 100% das urnas apuradas, o
candidato de extrema-direita José Antonio Kast venceu o segundo turno da
corrida presidencial no Chile. Kast teve 58,18% dos votos, segundo a imprensa
local, derrotando a candidata da coalizão governista de esquerda do Chile, a
comunista Jeannette Jara, que soma 41,82%.
Líder do Partido Republicano e uma das principais
figuras da extrema-direita latino-americana, Kast, favorito nas pesquisas,
prometeu um “governo de emergência” para combater o crime organizado, enquanto
Jara busca dar continuidade às políticas do governo anterior do esquerdista
Gabriel Boric, no qual atuou como Ministra do Trabalho.
Jara já reconhecia a derrota no pleito, assim que os
primeiros resultados das eleições presidenciais sinalizavam vantagem expressiva
para o ultraconservador, com os eleitores optando por mudanças após anos de
crescentes temores com o aumento da criminalidade e da imigração.
Kast, um advogado de 59 anos, será presidente da
república entre 11 de março de 2026 e 11 de março de 2030 e terá a missão de
estabilizar esta década marcada pelas consequências do surto social, da
pandemia, da promessa fracassada de mudar a Constituição e, acima de tudo, pelo
aumento da insegurança.
Cerca de 15,7 milhões de eleitores estavam aptos a
votar neste segundo turno para decidir entre manter o governo atual ou uma
guinada à extrema direita, a primeira desde o retorno da democracia após a
ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
O voto nessas eleições era obrigatório e penalidades
serão aplicadas àqueles que não votaram.
Estadão Conteúdo

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