O Hospital Estadual Dr. José Pedro Bezerra, mais
conhecido como Santa Catarina, que fica na Zona Norte de Natal, ficou
superlotado nos últimos dias ao receber a demanda da Maternidade
Escola Januário Cicco, que foi esvaziada por problemas elétricos na
estrutura. (Veja vídeo acima).
O problema já dura mais de 10 dias. Segundo a
direção da maternidade, o problema foi identificado e começou a ser resolvido.
A previsão dada é de que os atendimentos comecem a ser refeitos, de forma
gradual, a partir desta quinta-feira (11).
Com o problema, gestantes passaram a ser
encaminhadas para outros hospitais, principalmente para o Santa Catarina, que é
referência estadual em gestações de alto risco.
O hospital começou a receber essa demanda desde o
dia 28 de novembro e precisou ter um remanejamento de escalas para lidar com a
situação.
"O Santa Catarina hoje vive uma crise não
causada por ele, mas ele tem dado a resposta necessária à crise que a
Maternidade Escola Januário cicco tem enfrentado em virtude de suas instalações
elétricas estarem com problemas importantes", explicou o secretário de
Saúde do Rio Grande do Norte, Alexandre Motta.
"Hoje é o 13º dia que essa crise ocorre. O
hospital tem feito um esforço gigantesco em tentar fazer uma gestão de fluxo de
pacientes, garantindo com isso que as vagas estejam sempre disponíveis",
completou.
Por conta dos problemas, o Hospital Santa Catarina
recebeu nesta semana uma vistoria do Conselho Regional de Medicina (Cremern),
que identificou problemas como a falta de profissionais da saúde.
"O principal que observei isso foi a falta de
recursos humanos da enfermagem, para fazer as equipes por exemplo para o centro
cirúrgico, para a sala de parto, etc. Têm procedimentos atrasados pela falta de
recursos humanos da enfermagem", explicou a obstetra e conselheira do
Cremern Maria do Carmo Lopes de Melo.
Problemas na Maternidade Januário Cicco
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (Ebserh), que administra a Maternidade Januário Cicco, a unidade
deve retornar os atendimentos de forma gradual a partir desta quinta.
A direção informou ainda que o problema na rede
elétrica foi identificado e começou a ser consertado.
Denúncias recebidas pela Inter TV
Cabugi citaram ainda nesta semana, além dos problemas elétricos, que
deixaram corredores às escuras e curto-circuitos ocorrendo, o aparecimento de
ratos na unidade.
Na unidade, apenas a UTI-Neo seguiu funcionando em
todos este período, sendo alimentado por um gerador no prédio.
"Tem chegado aqui vídeos, fotos da maternidade
basicamente no escuro, apenas a UTI Neo com iluminação. Então a gente sabe que
a falta de iluminação tem ali o risco de acidentes, dos trabalhadores acabarem
sofrendo quedas, mas continuam relatos de curto-circuitos", relatou o
presidente do Sindicato Estadual dos Trabalhadores de Empresas Públicas de
Serviços Hospitalares do RN, André Santos.
"A informação também dos próprios trabalhadores
é de que no momento que o Corpo de Bombeiros esteve ali para fazer a verificação,
houve ali também a questão de ratazanas. Então uma questão de insalubridade,
que tem um grande prejuízo para os trabalhadores e para a sociedade em geral.
Então não é só o risco de incêndio, de choques elétricos, tem toda essa
situação que está ocorrendo", completou.

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