Deputados do Centrão e da direita que votaram a
favor de Glauber Braga (PSol-RJ) acabaram sendo beneficiados com um volume
maior de emendas individuais empenhadas pelo governo Lula no fim do ano.
Levantamento mostra que esses parlamentares tiveram, em média, quase 10% a mais
em recursos liberados após a votação que salvou o mandato do psolista.
A informação é da colunista Andreza Matais, do
Metrópoles. De acordo com os dados, os congressistas desses grupos que
contrariaram suas bancadas e apoiaram Glauber receberam, em média, R$ 1,92
milhão em emendas empenhadas entre o dia da votação e esta sexta-feira (26). Já
os deputados do mesmo campo político que votaram contra o psolista ficaram com
cerca de R$ 1,75 milhão no mesmo período — uma diferença de 9,8%.
O levantamento levou em conta o primeiro
requerimento votado na sessão de 10 de dezembro, quando o PSol tentou
substituir a cassação recomendada pelo Conselho de Ética por uma suspensão de
seis meses. O pedido não atingiu os 257 votos necessários, mas deixou claro que
a oposição não tinha maioria para cassar Glauber.
Diante do impasse, a Câmara acabou optando pela
suspensão temporária do mandato. Com isso, Glauber Braga será afastado por seis
meses, período em que a suplente Heloisa Helena (Rede-RJ), crítica do governo Lula,
assumirá a vaga. Ao todo, 91 deputados do Centrão e da direita votaram a favor
do psolista nessa primeira votação.
As emendas individuais são de execução obrigatória,
mas o governo controla o ritmo dos empenhos. Em 2025, o limite total foi de R$
24,7 bilhões, dos quais R$ 23,5 bilhões já foram empenhados. O restante precisa
ser reservado até 31 de dezembro, sob risco de ser perdido, o que intensifica a
disputa por prioridade na liberação dos recursos.
Procurada, a Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência negou qualquer favorecimento político. Em nota, a pasta afirmou que
a execução das emendas segue critérios técnicos e o cronograma dos projetos
apresentados, sustentando que não há privilégio para parlamentares que votaram
a favor de Glauber Braga.
Com informações do Metrópoles

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