O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) encerra 2025 marcado por uma sequência de mudanças no primeiro escalão. Ao
todo, foram oito trocas ministeriais ao longo do ano, motivadas por crises
políticas, denúncias, baixa entrega de resultados e também por ajustes
estratégicos visando o cenário eleitoral de 2026.
As mudanças na Esplanada refletem a tentativa do
Planalto de reorganizar áreas consideradas sensíveis, como Comunicação, Saúde e
articulação política, além de responder a desgastes provocados por
investigações e escândalos envolvendo ministros. A tendência é que o movimento
continue em 2026, já que integrantes do governo que pretendem disputar eleições
terão de deixar os cargos até abril.
Na área de comunicação, Paulo Pimenta deixou a
Secretaria de Comunicação Social no início do ano, sendo substituído pelo
marqueteiro Sidônio Palmeira, numa aposta de Lula para modernizar a estratégia
digital e combater a desinformação. Já na Saúde, a saída de Nísia Trindade
abriu espaço para o retorno de Alexandre Padilha à pasta, em meio à cobrança
por resultados e à queda de popularidade do governo.
A mudança de Padilha provocou efeito cascata: Gleisi
Hoffmann assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela
articulação com o Congresso. No campo das crises, Juscelino Filho deixou o
Ministério das Comunicações após ser denunciado pela PGR, enquanto Carlos Lupi
pediu demissão da Previdência pressionado pelo escândalo bilionário de fraudes
no INSS.
Também houve trocas no Ministério das Mulheres, com
a saída de Cida Gonçalves e a chegada de Márcia Lopes, além da substituição de
Márcio Macêdo por Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência, num
movimento visto como tentativa de reaproximação com movimentos sociais e
fortalecimento da base política.
A última mudança do ano ocorreu no Ministério do
Turismo, com a saída de Celso Sabino e a nomeação de Gustavo Feliciano, em meio
a disputas internas no União Brasil e articulações com o Congresso. Com o
calendário eleitoral se aproximando, o Planalto já trabalha com a expectativa
de novas baixas no ministério em 2026, o que deve ampliar ainda mais a dança
das cadeiras no governo Lula.
Com informações do Metrópoles

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