sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Crises e rearranjos políticos: Lula promoveu oito trocas no ministério ao longo de 2025

 


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra 2025 marcado por uma sequência de mudanças no primeiro escalão. Ao todo, foram oito trocas ministeriais ao longo do ano, motivadas por crises políticas, denúncias, baixa entrega de resultados e também por ajustes estratégicos visando o cenário eleitoral de 2026.

As mudanças na Esplanada refletem a tentativa do Planalto de reorganizar áreas consideradas sensíveis, como Comunicação, Saúde e articulação política, além de responder a desgastes provocados por investigações e escândalos envolvendo ministros. A tendência é que o movimento continue em 2026, já que integrantes do governo que pretendem disputar eleições terão de deixar os cargos até abril.

Na área de comunicação, Paulo Pimenta deixou a Secretaria de Comunicação Social no início do ano, sendo substituído pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, numa aposta de Lula para modernizar a estratégia digital e combater a desinformação. Já na Saúde, a saída de Nísia Trindade abriu espaço para o retorno de Alexandre Padilha à pasta, em meio à cobrança por resultados e à queda de popularidade do governo.

A mudança de Padilha provocou efeito cascata: Gleisi Hoffmann assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação com o Congresso. No campo das crises, Juscelino Filho deixou o Ministério das Comunicações após ser denunciado pela PGR, enquanto Carlos Lupi pediu demissão da Previdência pressionado pelo escândalo bilionário de fraudes no INSS.

Também houve trocas no Ministério das Mulheres, com a saída de Cida Gonçalves e a chegada de Márcia Lopes, além da substituição de Márcio Macêdo por Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência, num movimento visto como tentativa de reaproximação com movimentos sociais e fortalecimento da base política.

A última mudança do ano ocorreu no Ministério do Turismo, com a saída de Celso Sabino e a nomeação de Gustavo Feliciano, em meio a disputas internas no União Brasil e articulações com o Congresso. Com o calendário eleitoral se aproximando, o Planalto já trabalha com a expectativa de novas baixas no ministério em 2026, o que deve ampliar ainda mais a dança das cadeiras no governo Lula.

Com informações do Metrópoles

 

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