O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob custódia da
Polícia Federal desde 22 de novembro, quando começou a cumprir a pena de 27
anos e três meses por tentativa de golpe de Estado. Nesta semana, Bolsonaro foi
transferido para o hospital e passou por uma cirurgia de hérnia inguinal.
Segundo sua equipe médica, a intervenção transcorreu sem intercorrências, com
reforço da parede abdominal por meio de tela sintética. A previsão é que ele
permaneça internado por mais alguns dias. A mesma equipe avalia a realização de
um novo procedimento, agora para conter as crises frequentes de soluço,
agravadas durante o período de reclusão.
Enquanto permanece custodiado, a rotina autorizada inclui sessões diárias de
fisioterapia durante os banhos de sol. A defesa alegou ao STF que o
ex-presidente é idoso, com histórico de múltiplas cirurgias abdominais, quadro
de debilidade e necessidade de cuidados contínuos. As visitas também estão
restritas. Apenas Michelle Bolsonaro tem acesso permanente, enquanto filhos e
aliados precisam de autorização específica.
Com relação à correspondência e encomendas, o
ministro Alexandre de Moraes determinou que todo o material destinado ao
ex-presidente seja submetido a inspeção pela Polícia Federal antes da entrega,
conforme protocolo sugerido pela própria corporação.
No campo da saúde, a defesa encaminhou laudos ao STF apontando uma série de
comorbidades, como hipertensão, refluxo, crises de soluço, apneia e anemia. Um
exame de polissonografia realizado no período indicou que Bolsonaro chegou a
parar de respirar 514 vezes durante o sono, com 470 episódios de apneia entre
10 e 25 segundos, além de roncos classificados como de intensidade moderada a
alta.
O caso concentra-se na responsabilidade da equipe da Polícia Federal e do
gabinete de Moraes, sem previsão de alteração do regime de custódia. Caso
necessário, novas saídas hospitalares poderão ser autorizadas mediante
avaliação médica e aprovação judicial.
Com informações de Conexão Política

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