segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Bolsonaro parou de respirar 514 vezes durante uma única noite de sono, aponta laudo médico

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob custódia da Polícia Federal desde 22 de novembro, quando começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado. Nesta semana, Bolsonaro foi transferido para o hospital e passou por uma cirurgia de hérnia inguinal. Segundo sua equipe médica, a intervenção transcorreu sem intercorrências, com reforço da parede abdominal por meio de tela sintética. A previsão é que ele permaneça internado por mais alguns dias. A mesma equipe avalia a realização de um novo procedimento, agora para conter as crises frequentes de soluço, agravadas durante o período de reclusão.

Enquanto permanece custodiado, a rotina autorizada inclui sessões diárias de fisioterapia durante os banhos de sol. A defesa alegou ao STF que o ex-presidente é idoso, com histórico de múltiplas cirurgias abdominais, quadro de debilidade e necessidade de cuidados contínuos. As visitas também estão restritas. Apenas Michelle Bolsonaro tem acesso permanente, enquanto filhos e aliados precisam de autorização específica.

Com relação à correspondência e encomendas, o ministro Alexandre de Moraes determinou que todo o material destinado ao ex-presidente seja submetido a inspeção pela Polícia Federal antes da entrega, conforme protocolo sugerido pela própria corporação.

No campo da saúde, a defesa encaminhou laudos ao STF apontando uma série de comorbidades, como hipertensão, refluxo, crises de soluço, apneia e anemia. Um exame de polissonografia realizado no período indicou que Bolsonaro chegou a parar de respirar 514 vezes durante o sono, com 470 episódios de apneia entre 10 e 25 segundos, além de roncos classificados como de intensidade moderada a alta.

O caso concentra-se na responsabilidade da equipe da Polícia Federal e do gabinete de Moraes, sem previsão de alteração do regime de custódia. Caso necessário, novas saídas hospitalares poderão ser autorizadas mediante avaliação médica e aprovação judicial.

Com informações de Conexão Política

 

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