O presidente da Câmara, Hugo Motta, rompeu de vez
com o líder do PT, Lindbergh Farias. O estopim foi a sequência de ataques
públicos de Lindbergh contra Motta por causa do PL Antifacção, projeto que o
governo Lula queria controlar de perto — mas acabou escorregando das mãos do
Planalto, conforme o Metrópoles. Segundo aliados do presidente da Câmara, “não
entra mais nada vindo dele”.
O desgaste entre o Planalto e o Congresso vinha crescendo nos últimos meses,
mas piorou quando Motta escolheu o deputado Guilherme Derrite como relator da
proposta. O governo queria alguém “neutro”, ou melhor, alguém alinhado.
Lindbergh explodiu em entrevistas, acusando Motta de ter feito uma “lambança”.
A treta ficou ainda maior depois que Lula, ao lado de Motta no palco, atacou o
Congresso, dizendo que a Casa vive seu pior “baixo nível”. A frase caiu como
veneno na articulação política.
E não é só na Câmara que Lula coleciona brigas.
No Senado, Davi Alcolumbre ficou atravessado
com a escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF. O senador
queria emplacar seu aliado Rodrigo Pacheco.
Resultado: Alcolumbre silenciou o governo e decidiu pautar, no mesmo dia, um
projeto que contraria diretamente os interesses do Planalto — a regulamentação
da aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde e de endemias.

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