segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Acusada de mandar matar engenheiro em Apodi, Layla Sales vai a júri popular nesta quarta (12)

 


O Tribunal do Júri Popular (TJP) de Apodi, sob a presidência do juiz Thiago Lins Coelho Fonteles, realizará na próxima quarta-feira, 12 de novembro de 2025, o julgamento de Raimunda Layla Morais de Sales, acusada de ser a mandante do assassinato do engenheiro e empresário Euriclides Gois Torres, ocorrido em 23 de junho de 2019, durante uma festa junina no Centro do município.

A sessão do júri está prevista para começar às 8h30, com reforço da Polícia Militar. A promotora de Justiça Liv Ferreira Augusto Severo Queiroz atuará na acusação, enquanto a defesa de Raimunda Layla será conduzida pelos advogados Sávio José de Oliveira e Gilmar Fernandes de Queiroz.

O caso

De acordo com o processo, o disparo que matou Euriclides Torres foi efetuado por Francisco Patrício de Freitas Filho, que teria recebido R$ 1 mil de Raimundo da Costa Sousa Junior, conhecido como Pikachu, e de Layla Sales para cometer o crime. O motivo, segundo a investigação, seria o fato de a vítima ter “tirado cabimento” com Layla Sales durante o evento.

As investigações da Polícia Civil identificaram inicialmente Raimundo da Costa Sousa Junior, namorado de Layla, e Francisco Patrício de Freitas Filho como suspeitos. Posteriormente, a pedido do Ministério Público Estadual (MPRN), o nome de Raimunda Layla foi incluído como ré no processo.

Consta nos autos de número 0100002.66.2021.8.20.0112 que os três foram pronunciados em decisão proferida em 5 de setembro de 2019 pelo juiz Antônio Borja de Almeida Junior. Raimundo da Costa Sousa Junior e Francisco Patrício de Freitas Filho já foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri Popular a penas de 16 e 17 anos de prisão, respectivamente, decisões mantidas pelo Tribunal de Justiça do Estado. Ambos permanecem presos.

Em relação a Raimunda Layla, o juiz de primeira instância determinou que ela fosse levada a julgamento pelo júri popular, mas indeferiu o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público. A acusada foi obrigada a informar sua localização mensalmente. A defesa recorreu da decisão, porém o Tribunal de Justiça manteve a pronúncia e determinou a realização do júri.

Com o encerramento dos recursos, o juízo de Apodi marcou o julgamento para o dia 12 de novembro de 2025. Na data, sete cidadãos sorteados irão compor o Conselho de Sentença, responsável por avaliar o caso. Durante a sessão, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa, além do depoimento da ré.

Após os depoimentos, os jurados acompanharão a exposição da promotora Liv Severo, que sustentará a tese de que Layla Sales pagou R$ 1 mil pelo assassinato de Euriclides Torres, e as alegações dos advogados de defesa, que afirmam a inocência da acusada.

Concluídos os debates, o juiz Thiago Lins Coelho Fonteles conduzirá os jurados à Sala Secreta, onde será realizada a votação dos quesitos apresentados em plenário.

Caso a ré seja condenada, o magistrado fará a dosimetria da pena e anunciará a sentença. Em caso de absolvição, o juiz declarará a decisão no plenário. Independentemente do resultado, caberá recurso às instâncias superiores no prazo de cinco dias.

Com informações do Mossoró Hoje

 

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