O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou
nesta sexta-feira (24) que os narcotraficantes mortos em ações militares dos
Estados Unidos no Caribe são, na verdade, “vítimas” da dependência global por
drogas. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Indonésia, em
meio à escalada de tensão entre Washington e Caracas.
Sem citar o presidente Donald Trump, Lula criticou a
política americana de combate violento ao tráfico e defendeu que as operações
ocorram dentro da lei e com respeito à soberania dos países. “Você não está aí
para matar as pessoas, está para prender. Antes de punir alguém, é preciso
julgar e ter provas”, afirmou. O petista também condenou a possibilidade de
invasões militares em território estrangeiro sob o pretexto de combater o
narcotráfico.
A fala surge após Trump voltar a defender o uso de
força letal contra grupos que ele classifica como “narcoterroristas”,
comparando-os ao Estado Islâmico. Em resposta, a Venezuela mobilizou mísseis
antiaéreos, vendo as ações dos EUA como uma ameaça militar. Lula, por sua vez,
defendeu o diálogo e a cooperação internacional: “Se o mundo virar uma terra
sem lei, vai ser difícil viver”.
O posicionamento do brasileiro ecoa declarações
recentes do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aliado de Lula e de Nicolás
Maduro, que chamou traficantes que atuam no Caribe de “trabalhadores do
tráfico”. Ambos os líderes latino-americanos têm defendido mudanças na política
de guerra às drogas e maior responsabilidade das nações consumidoras na crise
do narcotráfico.
Com informações de CNN
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