Integrantes do Judiciário observam com atenção a
movimentação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), diante da
possível indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para o
Supremo Tribunal Federal (STF). O temor é de que Alcolumbre repita o que fez em
2021, quando segurou por cinco meses a sabatina de André Mendonça, por
discordar da escolha do presidente da República à época.
Naquele episódio, o senador defendia Augusto Aras,
então procurador-geral da República, para a vaga. Atualmente, Alcolumbre
articula pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e mantém sua estratégia
conhecida de atrasar sabatinas para extrair concessões políticas, prática já
observada em indicações para agências e outros cargos estratégicos.
Apesar do receio, há confiança dentro do governo
Lula. Fontes próximas destacam que a relação construída com Alcolumbre,
incluindo a indicação de dois ministros de sua cota nas pastas de Comunicações
e Integração Regional, além de outros cargos menores, aumenta a expectativa de
que a sabatina de Messias possa ocorrer sem maiores conflitos.
No Planalto, a aposta é de que o histórico de
negociações e a interlocução direta com o Senado diminuam riscos de confrontos
mais prolongados, mesmo com a pressão política em torno de uma vaga considerada
estratégica para o STF.
Com informações da Folha de S.Paulo
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