sábado, 11 de outubro de 2025

Quimioterapia em paciente sem câncer: Estado aplica tratamento mortal por engano e terá de pagar R$ 50 mil

 


O Governo de São Paulo foi condenado a indenizar um homem em R$ 50 mil após um erro grotesco de diagnóstico no Hospital das Clínicas da Unicamp. O paciente recebeu quimioterapia desnecessária, enfrentou dores intensas, náuseas e neutropenia febril — tudo por conta de um laudo inicial equivocado. Apesar da gravidade, não foram constatadas sequelas permanentes, justificando o valor final da indenização.

Segundo o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), o primeiro diagnóstico apontava linfoma não Hodgkin, mas análises posteriores reclassificaram o caso como infiltração linfocitária atípica associada a provável doença autoimune. Ou seja, o tratamento agressivo foi aplicado a alguém que não tinha câncer.

O advogado do paciente destacou o impacto físico e psicológico do erro. “Meu cliente passou por um tratamento pesado e desnecessário, com efeitos colaterais severos, tudo por uma falha médica”.

O Estado tentou se eximir, alegando que a responsabilidade era da Unicamp, mas o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, deixou claro que é dever do governo garantir a segurança e qualidade dos serviços de saúde, mesmo quando prestados por autarquias. “A realização de quimioterapia sem necessidade é uma falha grave na prestação do serviço público, justificando reparação financeira”.

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