A CGU apontou que a Confederação Nacional dos
Trabalhadores Rurais (Contag) apresentou informações falsas ao INSS, ao omitir
que seu então presidente, Aristides Veras, é irmão do deputado federal Carlos
Veras (PT-PE). O caso integra a investigação sobre a “farra do INSS” e motivou
a abertura de um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) contra a
entidade.
Segundo a Controladoria, Aristides assinou declarações
em 2019 e 2024 afirmando que a entidade e seus dirigentes não tinham
impedimentos legais para firmar parcerias com o governo, omitindo o inciso III
do artigo 39 da Lei 13.019/2014, que veda a celebração de acordos quando há
parentesco com membros do Poder.
A Contag e Aristides negam irregularidades,
argumentando que os acordos assinados eram ACTs (Acordos de Cooperação
Técnica), que não envolvem repasse de recursos públicos, e servem apenas para
desconto de mensalidade sindical. O deputado Carlos Veras reforçou que não é
dirigente da entidade e que sua relação com a Confederação é histórica e
voltada à defesa dos trabalhadores rurais.
O relatório da CGU foi enviado à CPMI do INSS, que
segue investigando. O caso reacende o debate sobre transparência, parentesco e
fiscalização de entidades ligadas ao poder público.
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