Em meio a um rombo bilionário e planos para obter um
socorro financeiro de R$ 20 bilhões da União, os Correios continuam acumulando
despesas elevadas com viagens internacionais. Levantamento obtido pela coluna
revela que a estatal desembolsou R$ 1.383.220,64 apenas com diárias de
servidores no exterior desde o início da atual gestão federal, período em que
voltou a registrar prejuízo.
Somente nos primeiros quatro meses de 2025, foram R$
92,3 mil em gastos desse tipo. No ano anterior, o valor foi ainda mais
expressivo: R$ 502,8 mil. Os registros indicam que viagens ao exterior
continuaram sendo autorizadas mesmo diante da dificuldade da empresa em
equilibrar suas contas.
O primeiro ano da atual gestão foi marcado por um
ritmo intenso de deslocamentos internacionais. Em 2023, as diárias pagas
somaram R$ 788 mil, sugerindo que servidores aproveitaram a retomada das
viagens sem grandes restrições orçamentárias. Um dos casos que chamaram atenção
foi a ida de um diretor à Flórida, nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano —
somente a passagem custou R$ 23 mil aos cofres públicos.
Os valores reais podem ser ainda maiores, já que as
informações referentes a passagens aéreas estão desatualizadas desde fevereiro
e não foram incluídas no levantamento. A ausência de transparência completa
dificulta a avaliação do impacto total dessas despesas no orçamento da empresa.
Antes de retornar aos prejuízos, os Correios vinham
operando com lucro. A reversão do cenário coincidiu com mudanças na legislação
que regia as estatais e com a nomeação de novos dirigentes, em um momento em
que a empresa tenta evitar um colapso financeiro sem precedentes.
Com informações do Diário do Poder
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