Após dois anos de confrontos, Israel e Hamas
assinaram um acordo de cessar-fogo que encerra a guerra na Faixa de Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, o conflito deixou 67.211 mortos
desde o início da ofensiva, em 7 de outubro de 2023, incluindo quase 5 mil
crianças, cerca de 10 mil mulheres e mais de 20 mil homens. Os feridos somam
aproximadamente 57 mil.
O acordo prevê um cessar-fogo imediato, a retirada
gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza e o fim do
bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária no enclave palestino. Esta
fase inicial do cessar-fogo se soma a tentativas anteriores, incluindo um
acordo de novembro de 2023, que não foi cumprido integralmente.
Especialistas indicam que, embora não seja possível
garantir, as chances de retomada do conflito são consideradas baixas. João
Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv, destacou que o
Hamas se comprometeu a liberar todos os sequestrados vivos em um curto período
e que as garantias para a manutenção do cessar-fogo foram amplamente
divulgadas.
Miragaya também apontou que fatores externos, como a
posição de aliados do Oriente Médio — incluindo Catar, Turquia e Egito —,
dificultam qualquer retomada das hostilidades, mesmo diante de decisões
imprevisíveis de países como os Estados Unidos.
O cessar-fogo abre caminho para a entrada de ajuda
humanitária em Gaza e a gradual reconstrução de serviços essenciais na região,
embora a situação humanitária ainda exija monitoramento contínuo.
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