A denúncia de que trabalhadores da orla de Ponta
Negra estariam atuando como “olheiros” para o crime reacendeu a polêmica sobre
a segurança nas praias de Natal. O caso foi revelado no programa Via Certa 96,
quando o repórter Hudson Silvestre relatou informações repassadas por um policial
e confirmou que a Polícia Civil investiga a prática.
Segundo o jornalista, um policial que esteve com o
filho em Ponta Negra percebeu a atuação suspeita de um homem que seria
identificado como quiosqueiro. A atitude levantou a suspeita de que criminosos
poderiam estar sendo avisados sobre a movimentação de possíveis vítimas. O
repórter reforçou que a situação não é um caso isolado e lembrou que, recentemente,
houve uma operação semelhante na Praia do Forte, em Natal, quando a Polícia
apontou a presença de olheiros entre trabalhadores da orla.
A revelação gerou reação imediata da Associação dos
Quiosqueiros de Ponta Negra. O presidente da entidade, Aldemir Henrique,
afirmou que a declaração repercutiu negativamente entre os comerciantes e até
em clientes do exterior. Ele negou generalizações e destacou que a orla conta
com diferentes grupos de trabalhadores — os quiosqueiros, que somam 28, e os locadores
de cadeiras, que passam de 100. Segundo Aldemir, muitas vezes há confusão entre
as duas categorias, o que pode levar a acusações equivocadas.
Apesar da tensão, o repórter da 96 FM reafirmou a
veracidade da informação e ressaltou que a grande maioria dos trabalhadores da
praia exerce a atividade de forma honesta. Ele frisou que o tema está sob
investigação oficial da Polícia Civil, que acompanha relatos e denúncias de
visitantes e frequentadores da região.
O episódio reforça a necessidade de medidas conjuntas
de segurança, como rondas ostensivas da Polícia Militar e da Guarda Municipal,
além da união dos comerciantes para coibir práticas criminosas que possam
comprometer a imagem de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de
Natal.
Assista no vídeo abaixo:
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