A secretária nacional de Planejamento e Finanças
(tesoureira) do PT, Gleide Andrade (foto), defendeu os deputados do partido que
votaram a favor da PEC da Blindagem.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ela tentou
justificar o voto “sim” dos parlamentares petistas.
“A primeira coisa que nós temos que ser é justos com
a história e com as pessoas. Os doze que votaram, votaram porque seguiram uma
orientação. E no meio do caminho, alguns, quando viram a repercussão nas redes,
voltaram para trás. Esses 12 estão sendo crucificados. Está todo mundo em cima
deles. Porque a impressão que fica é que eles votaram em causa própria, e não
é. Tanto não é que no outro dia votaram a PEC da Anistia”, disse Gleide.
Segundo a dirigente, havia um acordo de que o voto
pela PEC evitaria o avanço da anistia para condenados pelos atos de 8 de
janeiro de 2023.
“É uma decisão difícil para o PT, e uma decisão mais
difícil para os parlamentares, terem que fazer essa votação. Estou dizendo isso
porque, se tem uma coisa no PT que nós temos, é o princípio da solidariedade e
da verdade. Nesse momento, esses deputados precisam da nossa solidariedade”,
acrescentou.
Gleide republicou neste sábado, em seu Instagram,
posts que convocam manifestações contra a PEC da Blindagem, com mensagens como
“PEC da Bandidagem, não” e “Contra a PEC da Impunidade”, que ocorrerão em Belo
Horizonte e Brasília neste domingo, 21.
PT garante voto secreto
Como mostramos, os votos do PT foram decisivos para
a aprovação da emenda aglutinativa, que permite a votação secreta na PEC da
Blindagem.
A emenda recebeu 314 votos, acima dos 308
necessários, garantindo o avanço do texto. Apesar disso, o líder do partido,
Lindbergh Farias, havia orientado contra a votação e afirmou que acionaria o
STF contra a medida.
Entre os que apoiaram a proposta estão Jilmar Tatto,
vice-presidente nacional, Odair Cunha, ex-líder da bancada, e Kiko Celeguim,
presidente do diretório paulista.
Rubens Pereira Júnior, vice-líder do governo Lula na
Câmara, defendeu a postura dos petistas que votaram a favor da PEC.
“A gente está aqui em uma grande dificuldade de
construir base parlamentar. O Congresso é conservador, de Direita, o governo
eleito é de Centro-Esquerda. Então, na tentativa de garantir acordos para
derrotar anistia, para aprovar as medidas do governo, é que esses deputados
votaram (a favor). Eles têm o nosso respeito, mas faz parte do jogo
parlamentar”, disse.
O Antagonista
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