sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Galípolo se manifesta sobre Magnitsky e risco a bancos

 


O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse, nesta sexta-feira (5/9), que a instituição acompanha junto aos bancos brasileiros os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada contra o ministro Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos. Galípolo afirmou não ter preocupação de riscos ao sistema financeiro.

A notícia é do Metrópoles. “A gente segue acompanhando a questão de sanções. Tem bastante literatura internacional sobre isso, diversos países convivem com questões de terem pessoas que foram sancionadas. Acho que aqui talvez chamem atenção as motivações por trás das sanções, que parecem ser inusitadas”, declarou o presidente do BC.

Segundo Galípolo, a expectativa é que o Banco Central continue acompanhando as sanções “sem nenhuma preocupação” de riscos aos bancos brasileiros e ao Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Moraes punido pelos EUA

O governo de Donald Trump aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 30 de julho. O nome do magistrado consta no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que administra e aplica programas de sanções, e também no site do Departamento de Tesouro. A lei é usada para punir cidadãos de fora dos EUA por questões como violações dos direitos humanos.

É de violações aos direitos humanos por meio de decisões judiciais que os EUA acusam Moraes. E a punição é a proibição de acesso ao sistema econômico internacional.

Na última terça-feira (2/9), após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “denunciar” ao governo americano que a lei estaria tendo efeito limitado sobre Moraes, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos enviou uma carta para cinco grandes bancos que operam no Brasil com perguntas a respeito da aplicação da Magnitsky contra o ministro. Os bancos seriam: Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual.

BC endurece regras para IPs

Para combater a atuação do crime organizado, o Banco Central anunciou, na manhã desta sexta-feira, uma série de medidas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN), alvo de ataques de grupos criminosos nos últimos dias.

Entre ações está a limitação do valor de transações via TED e Pix para instituições de pagamento sem licença. O BC fixou um teto de R$ 15 mil para instituições de pagamentos não autorizadas e as que se conectam ao SFN via prestadores de serviços de tecnologia de informação (PSTI). A nova medida entra em vigor imediatamente.

De acordo com o BC, a limitação poderá ser removida assim que o participante e o respectivo prestador de serviços “atenderem aos novos processos de controle de segurança”. Em paralelo, os participantes que atestarem a adoção de controles de segurança da informação poderão ser dispensados da limitação por até 90 dias.

O órgão também determinou que, a partir de agora, “nenhuma instituição de pagamento poderá começar a operar sem prévia autorização” do Banco Central. As que já operam precisa solicitar autorização ao BC até maio de 2026.

A instituição de pagamento que estiver prestando serviços e tenha o pedido de autorização indeferido deverá encerrar as atividades em até 30 dias, conforme determinação do Banco Central. A vigência da medida é imediata.

 

 

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