O ator Wagner Moura,
conhecido internacionalmente e atualmente morando nos Estados Unidos,
participou neste domingo (21) de um ato em Salvador contra a PEC da Blindagem e
a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Ele subiu em
um trio elétrico e fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de
defender a mobilização contra o projeto em discussão no Congresso.
A presença do artista, no
entanto, reacendeu o debate sobre o financiamento público de produções
culturais. Moura estrelou recentemente o filme O Agente Secreto, que recebeu R$
7,5 milhões de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado
ao governo federal e gerido pela Ancine. Como diretor, também esteve à frente
de Marighella, produção autorizada a captar cerca de R$ 10,3 milhões por meio
de editais e leis de incentivo como a Lei Rouanet e o FazCultura.
Críticos apontam
contradição no discurso do ator: embora faça duras críticas ao sistema político
e defenda pautas associadas à esquerda, ele vive em um condomínio de luxo nos
Estados Unidos, circula em eventos com grifes internacionais como Christian
Dior e, ao mesmo tempo, foi beneficiado com recursos públicos para viabilizar
suas produções.
A participação de Wagner
Moura no ato dividiu opiniões nas redes sociais. Enquanto apoiadores o
celebraram como voz engajada contra a anistia, opositores acusaram-no de adotar
o que chamaram de “comunismo para os outros e capitalismo para si”.
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