sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Comissão rejeita defesa e mantém apuração sobre Brisa

 


A Comissão Especial de Investigação (CEI) instaurada na Câmara Municipal de Natal para avaliar condutas da vereadora Brisa Bracchi (PT) vai ouvir oito testemunhas, informou sua presidente, a vereadora Anne Lagartixa (Solidariedade), que deverá se reunir nesta sexta-feira (19) com o procurador Legislativo Casa, Leonardo Nepomuceno, para definir o calendário de depoimentos das testemunhas arroladas ao processo.

O relator da Comissão, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), já rejeitou as alegações de defesa da vereadora Brisa Bracchi com parecer pela continuidade do processo.

A partir de agora, Anne Lagartixa, Fúlvio Saulo e o vereador Daniel Valença (PT), que completa a comissão, vão iniciar a fase de apuração sobre os supostos delitos cometidos pela vereadora na destinação de emendas parlamentares.

Segundo Anne Lagartixa, o prazo para finalização da apuração dos fatos será respeitado e o objetivo é dar celeridade ao caso.

A presidente da Comissão confirmou, ainda, que deverá ser substituída na função por outro vereador, porque em 30 de outubro deverá entrar em licença-maternidade, caso não tenha ocorrido a conclusão dos trabalhos da investigação no prazo de de 120 dias.,

“Vamos começar a fazer as reuniões o mais rapidamente possível. Quero me reunir com a Procuradoria Legislativa para definir um calendário e dar celeridade, o que é um interesse da própria vereadora Brisa e dos membros da Comissão. Vamos fazer tudo de maneira transparente e responsável”, avisou Lagartixa.

Em caso de processos de análise de uma comissão especial processante, a única sanção possível é a cassação. Por isso, após o relatório de Fúlvio Saulo, o material será encaminhado para que o plenário da Câmara Municipal decida se Brisa Bracchi terá ou não o mandato cassado. Para que ela perca sua cadeira no Legislativo são necessários pelo menos 20 votos.

O pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa a parlamentar de uso indevido de recursos públicos para financiar um evento, em 9 de agosto, na Casa Vermelha. Segundo o denunciante, a ação configura desvio de finalidade e falta de decoro parlamentar.

A comissão é responsável por receber alegações, analisar provas e, se necessário, ouvir depoimentos de testemunhas. Todo o rito interno busca garantir o contraditório e a ampla defesa, assegurando transparência e legalidade ao processo.

Terminada a fase de instrução, a comissão terá até 120 dias para elaborar o relatório final, que será submetido à votação em plenário pelos 29 vereadores da CMN. Caso sejam constatadas irregularidades, o processo poderá ser encaminhado também aos órgãos de controle competentes.

Investigação paralela

Paralelamente aos trabalhos de apuração na CMN, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) apura “possível ilegalidade na destinação de verbas oriundas de emenda impositiva para realização da festa denominada “Rolê Vermelho”, patrocinado pela vereadora Brisa,.

O inquérito civil instaurado também a pedido do vereador Matheus Faustino tramita desde 20 de agosto na 60ª Promotoria de Justiça.

Os alvos das investigação são as emendas da vereadora Brisa Bracchi, que destinou recursos públicos no montante de R$ 18 mil para a realização do evento denominado “Rolê Vermelho” no mês passado, na rua Princesa Isabel, Cidade Alta e a emenda de R$ 31 mil da ex-vereadora Ana Paula, totalizando R$ 49.000,00 de recursos públicos empregados no mesmo evento político-partidário.

 

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