O Rio Grande do Norte ficou na 4ª posição do
Nordeste no Índice de Inovação dos Estados 2025, um estudo
promovido pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado
do Ceará (Fiec). A nível nacional, o estado terminou na 14ª posição.
O indicador de melhor colocação do Rio Grande do
Norte foi o de Sustentabilidade Ambiental, no qual o estado ficou
em 6º lugar em todo o país, mantendo a posição do ano anterior. Em 2021, o
estado era 2º lugar nesse quesito.
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Entenda, mais abaixo, como é feito o estudo, que avalia as 27 federações do
Brasil de acordo com o desempenho inovador.
O estado também ficou em na 9ª posição em “Capital
Humano – Graduação” e no 10º lugar nos quesitos “Produção Científica” e
“Capital Humano – Pós-Graduação”, o que, segundo o estudo, reforça o
diagnóstico de alta qualificação da mão de obra local.
“No caso do Rio Grande do Norte,
observa-se que as condições de inovação se aliam ao compromisso com práticas
sustentáveis e à qualificação da força de trabalho em áreas tecnológicas. Essa
combinação fortalece seu ecossistema de inovação, ampliando a capacidade de
gerar conhecimento e atrair investimentos, projetando o estado como um polo
regional competitivo e promissor no Nordeste.”, analisou Guilherme Muchale,
gerente do Observatório da Indústria do Ceará.
O estudo se desenvolve avaliando dois índices.
No Índice de Capacidades, no qual o RN
ficou na 16ª colocação na média, os resultados por quesito foram:
- Capital
Humano – Graduação – 9º lugar no ranking nacional
- Capital
Humano – Pós-Graduação – 10º lugar
- Inserção
de Mestres e Doutores – 17º lugar
- Investimento
e Financiamento Público em C&T – 22º lugar
- Infraestrutura –
15º lugar
- Instituições –
21º lugar
Já no Índice de Resultados, no qual o
estado ficou na 12ª colocação, os resultados por quesitos foram:
- Competitividade
Global – 15º lugar
- Empreendedorismo –
18º lugar
- Produção
Científica – 10º lugar
- Intensidade
Tecnológica e Criativa – 14º lugar
- Propriedade
Intelectual – 17º lugar
- Sustentabilidade
Ambiental – 6º lugar
Segundo o estudo, a estratégica combinação entre
"o compromisso dos setores público e privado com práticas sustentáveis, a
capacidade de geração de energia renovável, a ampliação da força de trabalho
por meio da graduação em áreas tecnológicas, o volume e qualidade das
publicações científicas nessas áreas" fazem do Rio Grande do Norte um dos
estados mais inovadores no Nordeste.
Evolução de 2021 para 2025
O estudo apontou evoluções na comparação entre o
ranking de 2021 e de 2025 no RN, como a ascensão de cinco posições em “Capital
Humano – Graduação” e uma posição em Empreendedorismo e
Intensidade Tecnológica e Criativa.
No quesito "Capacidades", o
estado ocupa o 16º lugar no País, com crescimento de uma posição no mesmo
período, sendo 5º no Nordeste. Já em Resultados, no qual o estado
alcançou a 12ª posição nacional, ele ficou em 3º entre os estados da região.
O diretor de desenvolvimento industrial, tecnologia
e inovação da CNI, Jefferson Gomes, apontou um avanço da região Nordeste no
índice.
“Esse é um sinal claro do potencial transformador da
região. Estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco demonstram que, com
políticas adequadas e investimentos consistentes, é possível alavancar a
inovação mesmo em cenários desafiadores. O desempenho em áreas como
sustentabilidade ambiental e capital humano revela vocações regionais que
precisam ser fortalecidas”, avaliou.
Índice de Inovação: o que é
O Índice de Inovação dos Estados 2025 é
um instrumento estratégico desenvolvido pela FEIC em parceria com a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o apoio da Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e
do Sebrae Nacional.
No estudo, que chega à sétima edição, as 27 unidades
federativas brasileiras são avaliadas de acordo com o desempenho inovador.
Pioneiro no Brasil, o Índice foi criado para
oferecer um diagnóstico detalhado dos ecossistemas estaduais de inovação.
A metodologia da pesquisa é estruturada em duas
grandes dimensões: "Capacidades", que avalia os recursos,
estruturas e investimento público em ciência e tecnologia; e "Resultados", que
mensura os efeitos concretos do processo inovador.
O estudo mensura os pontos fortes e as fragilidades,
fornecendo dados essenciais para orientar políticas públicas e iniciativas
voltadas ao fortalecimento da inovação em nível estadual e regional.
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