Os números são alarmantes. De 2012 a 2024, foram
registrados 8,8 milhões de acidentes do trabalho e 32 mil mortes no emprego com
carteira assinada no Brasil. Em 2025, o número de óbitos já ultrapassou 1,6 mil
casos no país. Calcula-se que uma notificação de óbito no trabalho formal
ocorra a cada 3,5 horas.
Somente no ano passado, o Brasil registrou um total
de 724.228 acidentes de trabalho. Além disso, os benefícios por incapacidade
temporária associados à saúde mental no trabalho mais do que dobraram no último
biênio, passando de 201 mil em 2022 para 472 mil em 2024 (aumento de 134%).
Com o objetivo de ampliar as discussões para mitigar
os acidentes de trabalho, acontece, nos dias 28 e 29 deste mês de agosto,
no Imirá Plaza, na Via Costeira de Natal, o III Congresso Norte-Nordeste em
Segurança e Saúde Ocupacional que reunirá centenas de profissionais,
pesquisadores e autoridades da área.
O evento é promovido pela Associação dos Engenheiros
de Segurança do Trabalho do RN (AEST), a Associação Lusófona de Engenharia,
Segurança do Trabalho e Saúde Ambiental (ALESSA) e o Instituto Federal do RN
(IFRN).
De acordo com o Presidente da Associação Lusófona de
Engenharia, Segurança do Trabalho e Saúde Ambiental (ALESSA), Benvenuto
Gonçalves Júnior, no primeiro semestre de 2025, o Rio Grande do Norte registrou
2.420 acidentes de trabalho, com uma taxa de 456 acidentes por 100 mil
trabalhadores, a quinta menor do país no período. O estado está entre aqueles
com menor número de óbitos por acidentes de trabalho.
“Os índices nos preocupam pelo crescimento
histórico. Eles podem ser ainda maiores uma vez que muitas situações não ficam
registradas como acidente trabalhista. A subnotificação e falta de padronização
dificultam a mensuração precisa, mas a tendência crescente reforça o desafio da
segurança no trabalho em todo o Brasil.”
A programação do III CONESSO contará com painéis
temáticos e minicursos, das 8h às 18h, e ainda uma feira de exposição com
novidades da engenharia de segurança do trabalho com materiais e equipamentos,
de proteção coletiva e individual, de última geração, que garantem um trabalho
mais seguro e saudável. O acesso a feira é gratuito a população.
Blog do Gustavo Negreiros
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