O acirramento de embates com o presidente Donald
Trump contra o tarifaço dos Estados Unidos ao Brasil não rendeu ganhos para a
avaliação do presidente Lula (PT), cujo governo registra reprovação de 50% dos
brasileiros. É o que dizem os números da pesquisa Datafolha divulgados neste
sábado (2), com aprovação registrada de apenas de 46%.
A taxação de 50% anunciada em 9 de julho com
motivação política de defesa de Jair Bolsonaro (PL) foi mote de uma estratégia
que levou Lula a se afastar da busca por negociação com Trump e abraçar a
estratégia de escalada de uma reação ofensiva, em busca de ganhos eleitorais
que o fizessem decolar rumo à almejada reeleição em 2026.
Mas além de manter a reprovação no mesmo percentual
registrado em 12 de julho, o desempenho é um ponto pior que os 49% negativos de
4 de abril, desde quando Lula perdeu dois pontos na aprovação de sua gestão.
Dados que sinalizam não ter chance sequer para um “voo de galinha” da
pré-candidatura de reeleição de Lula.
Além disso, Lula registra na pesquisa de hoje uma
maioria de 40% de avaliação ruim e péssima de seu governo. Desempenho igual ao
de 12 de julho e dois pontos pior que os 38% da avaliação negativa de 4 de
abril. Ainda despencou dos 32% para 29% na avaliação regular divulgada pelo
Datafolha há quase quatro meses. E e manteve 29% entre quem classifica seu
governo como ótimo e bom.
Na pesquisa com margem de erro de dois pontos para
resultados gerais, o Datafolha ouviu 2.004 eleitores de 130 cidades
brasileiras, entre os dias 29 e 30 de julho. E é divulgado no ápice da celeuma
que envolve sanções dos Estados Unidos ao Brasil, consideradas por Lula como
ataque à soberania nacional, enquanto Trump as justifica como pressão contra o
que classifica como “perseguição judicial” do Supremo Tribunal Federal (STF) à
opositores do petista e ao ex-presidente Bolsonaro.
Diário do Poder
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