quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Grande Natal: MP constata unidade socioeducativa em situação precária

 



O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Parnamirim, realizou uma inspeção no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Pitimbu na última terça-feira 5. A vistoria tinha como objetivo verificar as condições de segurança e a conformidade das instalações da unidade e detectou uma série de desconformidades com normas sanitárias e de segurança na unidade.

Entre os pontos observados estão extintores de incêndio e hidrantes em estado avariado, a quadra de esportes com a entrada bloqueada devido a risco de desabamento do portão e problemas estruturais que impedem a sua utilização. Além disso, os banheiros estão sem instalações hidráulicas.

A inspeção foi feita pela equipe da 11ª Promotoria de Justiça de Parnamirim. A equipe informou que as constatações preliminares exigem a adoção de providências imediatas para a regularização da segurança no local. Um relatório detalhado com todas as observações, análises e recomendações da inspeção irá ser juntado ao processo de acompanhamento da unidade.

Os problemas verificados no Case Pitimbu, inclusive, são alvo de uma recomendação da 21ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal. A unidade emitiu ao todo 14 recomendações com base em relatórios de inspeção de junho de 2025, que revelaram a precariedade generalizada nas instalações das unidades socioeducativas do Estado.

As recomendações solicitam que a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fundase) e o Governo do Estado tomem providências urgentes em relação a questões como mofo, infiltrações, banheiros sem funcionamento e risco de acidentes elétricos, além da falta de espaços adequados para lazer, escolarização e profissionalização. O MPRN estabeleceu prazos de 30 e 60 dias, respectivamente, para que a Fundase apresente projetos de reforma e o Governo inicie as obras emergenciais, com o objetivo de garantir os direitos de crianças e adolescentes.

A situação precária dessas unidades também é alvo de uma ação civil pública que busca a contratação emergencial de uma nova empresa para prestar serviços de apoio terceirizados à Fundase. Para viabilizar essa contratação, o MPRN está requerendo, em caráter de urgência, o bloqueio de R$ 4.395.103,56 das contas estaduais.

Relatórios de visitas institucionais de 2025 confirmam o colapso nas condições de higiene, com lixo acumulado, roupas sujas e infestação de pragas, o que gerou insalubridade nos ambientes. A falta de serviços de apoio também gerou falhas no armazenamento e na distribuição de alimentos, causando problemas de saúde, como infecções intestinais, em adolescentes e servidores.

 

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