A polêmica em torno da festa “Rolé Vermelho –
Bolsonaro na Cadeia”, que pode custar o mandato da vereadora Brisa Bracchi
(PT), ganhou um novo capítulo. Documentos e registros de divulgação mostram
que, desde o primeiro momento, a organização nunca escondeu a natureza política
do evento.
No Instagram da Casa Vermelha, os posts chamavam a
população para “comemorar a prisão” e exaltavam a luta contra o bolsonarismo,
com textos em tom de mobilização ideológica. Já na página de venda de ingressos
no Sympla, a descrição do evento falava expressamente em “celebrar as
instituições democráticas” e “entrar na regressiva para Bolsonaro na cadeia”,
deixando claro que não se tratava apenas de uma festa cultural, mas de um ato
político.
Essa revelação confronta diretamente a defesa da
vereadora Brisa, que em entrevistas e notas públicas alegou que o evento não
tinha conotação partidária e que sua participação se limitava ao apoio cultural
por meio de emendas impositivas. A narrativa, no entanto, já vinha sendo
abalada por vídeos e imagens da festa, onde a decoração e até as pulseiras de
acesso estampavam a frase “Bolsonaro na Cadeia”
Agora, com os prints das redes sociais e do Sympla
circulando, a situação da parlamentar fica ainda mais delicada. A acusação de
uso de dinheiro público em um evento de caráter político encontra reforço nas
próprias peças de divulgação feitas pela organização, que nunca disfarçaram o
viés do Rolé Vermelho.
Na Câmara de Natal, a comissão processante já foi
formada e a vereadora terá prazo para apresentar sua defesa. Enquanto isso,
cresce a pressão de adversários para que o caso resulte em cassação de mandato
— e os novos elementos podem pesar na decisão final.
Blog do BG
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