Em 2024, no Brasil, foram 2.273 pedidos de
recuperação judicial ante 1.405 em 2023, uma alta de 61,8%. Segundo a Serasa
Experian, no 1º trimestre de 2025, foram 471, 187 apenas no mês de março, o que
aponta crescimento no número de empresas em reestruturação.
Apesar dos números preocupantes, o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho (PT), disse nesta quinta-feira (21) não ter analisado o
aumento no número de falências e recuperações judiciais registrado no 1º
semestre de 2025. No entanto, o governo celebra recordes de emprego.
“Confesso que eu não avaliei as falências, as
concordatas neste ano. Aqui pode acontecer várias coisas, pode ter desde
incompetência, má gestão”, afirmou, durante entrevista ao programa Bom dia,
Ministro, da EBC.
A declaração do ministro se dá em um momento de
tensões comerciais, com empresas levando sua produção para fora do Brasil, como
no caso da fabricante de armas Taurus.
Ainda assim, Marinho classificou o impacto no
mercado de trabalho como “diminuto” e ponderou que os efeitos
das tarifas ainda não são mensuráveis nos dados do Caged (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados).
A falta de uma análise aprofundada sobre o aumento
de falências levanta dúvidas sobre a abrangência dos indicadores econômicos
monitorados pelo governo.
A aparente desconexão entre a realidade empresarial
e os números de emprego celebrados pode indicar uma visão parcial do cenário
econômico do país.
Ao final da entrevista, o ministro prometeu
investigar o assunto. A declaração de que vai “dar uma olhada no que
está acontecendo” sinaliza que o governo ainda buscará entender as
razões por trás da alta nos pedidos de falência, um indicador crucial para a
sustentabilidade dos empregos a longo prazo.
Com informações Poder 360
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