Enquanto ministros, técnicos, diplomatas e
empresários de diferentes setores da economia brasileira se unem para abrir
canais de diálogo e negociar, de forma séria, saídas ao tarifaço imposto por
Donald Trump ao Brasil, o presidente Lula, com sua retórica de boteco,
parece querer melar qualquer negociação, distribuindo provocações de cima de um
palanque claramente eleitoral em Minas Gerais.
“Ele nos deu até o dia 1º [de agosto]. Se não dermos
resposta até o dia 1º, ele vai taxar nosso comércio em 50%. Vou contar uma
coisa para vocês: eu não sou mineiro, mas eu sou bom de truco. Se Trump estiver
‘trucando’, ele ‘vai tomar um seis”, disse Lula, para alegria dos aliados que o
rodeavam.
A crise aberta pelo tarifaço de Trump já afeta
milhares de trabalhadores no país, paralisa a produção em fábricas e compromete
a saúde do setor produtivo, assim como coloca em risco pelo menos 110.000
empregos diretos, nas contas da CNI.
Tratar essa situação como se fosse um jogo de truco
parece um insulto ao próprio governo e revela uma postura irresponsável do
presidente diante dos desafios de seu governo. Lula e o PT acreditam que podem
lucrar eleitoralmente com a crise, criada por Trump a pretexto de tentar livrar
Jair Bolsonaro da prisão.
Lula, de fato, melhorou sua imagem desde que a
família Bolsonaro passou a comemorar a investida dos Estados Unidos contra
empresas brasileiras, mas esses benefícios têm prazo de validade. Se não
conseguir negociar uma saída, Lula será, cedo ou tarde, responsabilizado pela
crise que ele próprio vem tentando alimentar com provocações gratuitas.
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