Pesquisa Genial/Quaest revela que 88% dos deputados
federais são favoráveis à ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de
Renda), principal bandeira legislativa do governo Lula (PT) em 2025. O
levantamento foi divulgado nesta 4ª feira (2.jul.2025) e mostra que a proposta
tem amplo apoio no Congresso, enquanto 70% dos congressistas rejeitam o fim da
escala de trabalho 6 X 1 e a exclusão das verbas do Judiciário do limite de
gastos.
A pesquisa foi realizada pela Quaest de 7 de maio a
30 de junho. Entrevistou 203 deputados federais, o que representa 40% do total
da Câmara. A amostra contempla a divisão proporcional de partidos e regiões
brasileiras, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais.
O levantamento também revelou que 65% dos deputados
acreditam que o governo Lula está no caminho certo, enquanto 35% avaliam que
está na direção errada. Entre os congressistas da base governista, o índice de
aprovação chega a 97%, contrastando com só 20% entre os deputados de oposição.
A ampliação da isenção do IR para contribuintes que
recebem até R$ 5.000 mensais é considerada prioritária pelo Planalto. O governo
pretende implementar a medida em 2026, ano eleitoral. Na semana passada, a
Câmara aprovou a ampliação da faixa de isenção para quem ganha até 2 salários
mínimos, e a proposta segue agora para análise do Senado.
Segundo cálculos do governo federal, a renúncia
fiscal decorrente da medida será de R$ 3,29 bilhões em 2025. Para os anos
seguintes, o impacto estimado é de R$ 5,34 bilhões em 2026 e R$ 5,73 bilhões em
2027.
Em março, o governo assinou a proposta para isentar
contribuintes nessa faixa de renda, cumprindo uma promessa de campanha de Lula
em um momento em que sua popularidade registra o menor índice de seus 3
mandatos.
O Planalto busca utilizar como bandeiras de gestão a
taxação dos mais ricos prevista na proposta de aumento da isenção do IR, o fim
da jornada 6 X 1 e o combate aos supersalários no funcionalismo público.
De acordo com o levantamento, 72% dos congressistas
consideram que a economia brasileira melhorou nos últimos 6 meses, enquanto 28%
avaliam que piorou. Entre os deputados da base, 95% veem melhora na economia,
contra 39% dos oposicionistas.
Poder 360
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