Condenada a cinco anos de prisão por favorecer uma
empreiteira durante seu governo, a ex-presidente Cristina Kirchner recebeu,
nesta quinta, a visita do presidente Lula, que está em missão oficial na
Argentina para o encontro do Mercosul.
Cristina cumpre prisão domiciliar. Recebeu a
solidariedade do petista, que conhece como ninguém o estrago que as relações
impróprias com empreiteiros podem fazer na vida de um político.
Lula é hoje uma espécie de espelho para Cristina. Os
dois foram presos por favorecer empreiteiros. Graças ao conluio de Sergio Moro
com procuradores da força-tarefa de Curitiba, Lula conseguiu anular toda a
investigação contra ele no STF. Um sonho para a ex-mandatária argentina.
Cristina se diz vítima de uma perseguição judicial e
segue o mesmo roteiro petista do “Lula livre”.
Não se sabe o tamanho da comitiva levada por Lula ao
país vizinho. Sabe-se, no entanto, que a viagem é bancada pelos cofres
públicos. O deslocamento do petista, com todos os seus seguranças, não costuma
ser barato. Ao mudar o rumo da viagem para a casa de Cristina, o petista criou
uma agenda inédita: foi exaltar uma condenada por corrupção valendo-se, para
isso, de dinheiro dos brasileiros que bancam a missão oficial na Argentina.
Não chega a ser surpreendente, claro. Condenada
a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro num caso envolvendo
empreiteiras, a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia recebeu asilo
diplomático do governo petista em abril deste ano. Lula mandou um jato da FAB
resgatar a condenada e depois colocou os gastos da operação em sigilo.
Cristina não teve avião da FAB, mas ganhou abraço e
foto com cartaz: “Cristina Libre”.
VEJA
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