Lideranças do PT na Câmara já reconhecem, nos
bastidores, que devem sofrer uma primeira derrota com o avanço do projeto que
concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.
A oposição afirma já ter mais de 200 assinaturas e
deve alcançar as 257 necessárias para o requerimento de urgência. Se isso
ocorrer, caberá ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir
se pauta ou não o pedido — o que levaria o projeto direto ao plenário.
Apesar de não sinalizar disposição para ceder à
pressão, governistas acreditam que, com o número mínimo de assinaturas, a
urgência acabará sendo votada.
Na última terça-feira, Motta pautou requerimentos
ligados ao Judiciário como um "recado" aos bolsonaristas. Ele espera
um aceno do STF que possa diminuir a pressão sobre o tema.
Uma alternativa discutida é a criação de uma
comissão especial para analisar o mérito do projeto, o que retardaria a
tramitação. No entanto, lideranças bolsonaristas rejeitam essa possibilidade,
confiantes no apoio necessário para forçar a votação da urgência em plenário.

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