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quinta-feira, 13 de março de 2025

TANGARAENSE - Inflação de fevereiro é a maior do mês em 22 anos



A inflação oficial do país registrou, em fevereiro, a maior taxa para o mês dos últimos 22 anos. O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ficou em 1,31%, muito acima da taxa de janeiro, de 0,16%.

Os grupos Habitação, pressionado pelo reajuste de 16,8% na tarifa de energia elétrica residencial, por causa do fim do bônus de Itaipu, e Educação, com o aumento das mensalidades escolares, foram os maiores responsáveis pela alta da inflação de fevereiro.

De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas também subiu, puxado pela aumento nos preços dos ovos de galinha e do café.

Já no grupo Transportes, o que mais pesou foi a alta dos combustíveis e o reajuste das passagens de ônibus urbanos.

A correção da bandeirada dos táxis também ajudou. Juntos, estes quatro grupos contribuem com 92% da composição do IPCA.

Ainda segundo o IBGE, todos os outros cinco grupos que compõem o Índice seguiram a tendência de alta, com variações positivas.
Com o resultado de fevereiro, a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,06%, acima da taxa de 4,56% registrada nos 12 meses imediatamente anteriores.

Já a inflação para as famílias que vivem com até cinco salários mínimos por mês, medida pelo INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, ficou em 1,48%. Em janeiro a taxa, foi nula.

A inflação de fevereiro para os mais pobres também foi a mais alta para o mês desde 2003, puxada pela conta de luz. E, nos últimos 12 meses, alcançou 4,87%, acima dos 4,17% observados nos 12 meses anteriores.

A alta de fevereiro é explicada em grande parte pelo Bônus Itaipu, que concedeu desconto na conta de luz dos brasileiros em janeiro. No primeiro mês do ano, o índice apresentou variação nula (0%).

Com o fim do desconto, o que já era previsto, a conta de energia elétrica subiu 16,96%, fazendo o grupo habitação – do qual faz parte a energia elétrica – subir 4,79%, impactando o INPC em 0,79 ponto percentual (p.p.).

Em fevereiro, os produtos alimentícios subiram 0,75%, desaceleração em relação a janeiro (0,99%).

O INPC impacta diretamente na vida de muitos brasileiros, pois o acumulado móvel de 12 meses costuma ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao longo do ano.

O salário mínimo, por exemplo, leva o dado de novembro no seu cálculo. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro.

A principal diferença para o IPCA é que o INPC apura o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, é o consumo de famílias com renda até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.

A coleta de preços é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

 

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