A segurança hídrica de milhares de potiguares dá um
passo decisivo com a conclusão da licitação pela Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para obra da Adutora do
Agreste, no valor de R$ 448 milhões.
O empreendimento deve ter suas obras iniciadas ainda
neste semestre, e beneficiará diretamente 38 municípios do Rio Grande do Norte
e mais de 510 mil habitantes até 2050. É um marco na luta contra a escassez de
água no Estado.
A Codevasf licitou os projetos executivos e para
construção da adutora. Venceu o consórcio Agreste Potiguar composto por três
empresas.
Além de garantir o abastecimento regular de água para milhares de famílias, o
projeto também impulsionará a economia local, com a geração de,
aproximadamente, 12 mil empregos e a ampliação das oportunidades para a
população.
A expectativa é que, com o andamento dos trâmites
licitatórios e a continuidade dos investimentos, a Adutora do Agreste se torne
uma realidade para os potiguares, garantindo um futuro mais seguro e próspero
para a região.
O projeto só se tornou viável graças à atuação do
senador Rogério Marinho (PL), ainda à época em que era ministro do
Desenvolvimento Regional, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
quando assinou a ordem de serviço autorizando o início da elaboração do projeto
da adutora pelo Governo Federal, em maio de 2021.
Já em dezembro de 2023, o protagonismo de Rogério
Marinho foi crucial para assegurar que a iniciativa não fosse paralisada, mesmo
com a troca de governo. Sua atuação no Senado garantiu a continuidade dos
investimentos, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento regional e a
melhoria da qualidade de vida dos potiguares.
O parlamentar capitaneou a destinação de R$ 45 milhões em emenda de bancada
para garantir o início das obras, demonstrando sua dedicação à melhoria das
condições de vida da população do interior do estado. Sem esses recursos, a
obra permaneceria travada, já que ela foi incluída no Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) sem a previsão orçamentária.
O projeto foi concluído em maio do ano passado e a
contratação das obras foi finalizada agora, quando finalmente deverá ter
início. “Viabilizamos os estudos e recursos para o projeto da Adutora do
Agreste enquanto ministro do governo do presidente Bolsonaro e, agora, no
Senado. É um momento histórico para o Rio Grande do Norte”, celebrou Rogério
Marinho.
Avanço hídrico e desenvolvimento
A adutora terá uma extensão de 170,9 km divididos em oito trechos. A cidade de
Nova Cruz, que há anos enfrenta problemas de abastecimento, será uma das
principais beneficiadas, especialmente em áreas onde a adutora Monsenhor
Expedito não alcançou. Uma das vantagens ambientais do projeto é a redução do
bombeamento na Lagoa do Bonfim, promovendo um uso mais sustentável dos recursos
hídricos da região.
A primeira etapa da obra terá captação no Rio Guaju,
em Pedro Velho, e atenderá diretamente os municípios de Montanhas, Nova Cruz,
Santo Antônio, Serrinha, Canguaretama e Pedro Velho. Posteriormente, serão
beneficiadas as cidades de Boa Saúde, Lagoa D’Anta, Gameleiras, Passa e Fica,
Santa Cruz, São José de Campestre e Serra de São Bento.
Indiretamente, a Adutora do Agreste também melhorará
o abastecimento em Barcelona, Bom Jesus, Campo Redondo, Coronel Ezequiel,
Espírito Santo, Ielmo Marinho, Jaçanã, Japi, Lajes Pintada, Lagoa de Pedras,
Lagoa dos Velhos, Lagoa Salgada, Monte Alegre, Passagem, Rui Barbosa, Santa
Maria, São Bento do Trairi, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Elói de
Souza, Serra Caiada, Sítio Novo, Tangará e Várzea. Esses municípios terão maior
oferta hídrica em função da redistribuição da água oriunda das adutoras
Monsenhor Expedito e Espírito Santo.
Após a obra, a operação da adutora ficará a cargo da
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN).
Tribuna do Norte
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